Um grupo de pessoas
cantou e dançou a música "Robocop Gay", dos Mamonas Assassinas, para
o deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) durante voo entre Brasília e
Guarulhos. Na cena, jovens se aproximam do pastor pelo corredor da aeronave da
Azul e cantam trechos da canção adaptada: "Abra sua mente, gay também é
gente. Baiano fala 'oxente' e come vatapá. Faça sua barba, faça seu bigode.
Feliciano também pode, não tente disfarçar."
O deputado não reagiu e
continuou com fones de ouvido olhando para um livro. Em um determinado momento,
um dos "dançarinos" encosta na orelha do deputado e um passageiro
sentado atrás do deputado intervém. O grupo volta para seus lugares e a gravação
é finalizada.
Após deixar o avião, o
parlamentar contou pelo Twitter como ocorreu o episódio: "Ao decolarmos em
Brasília, cerca de 10 gays me constrangeram. Dois vieram à minha poltrona
gritando. Os passageiros me defenderam, o piloto ameaçou retornar para
Brasília. Sofri xingamentos o voo todo. Haviam crianças no voo, famílias. Como
não reagi, tocaram no meu rosto. Esses cidadãos colocaram em risco a segurança
dos passageiros. Querem respeito, mas não respeitam. E assim fazem com qualquer
pessoa que discorde de suas práticas. Que Deus nos guarde. Não sou contra gays,
sou defensor da família natural!"
O deputado divulgou
ainda um link do Youtube com o vídeo editado: "É assim que eles fazem,
querem respeito, mas não respeitam."
Feliciano tem sido alvo
de manifestações desde que assumiu o cargo de presidente da Comissão de
Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados por defender o polêmico
projeto apelidado de "cura gay", que autoriza psicólogos a propor
tratamento para reverter a homossexualidade. A proposta foi aprovada pela
Comissão em junho.
ZERO HORA
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