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Postado por Gilmar da Silva, em 03, 11, 2009
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Na hora de detalhar a proposta, Minc mostrou o quanto cada setor teria que reduzir do ritmo atual: agricultura; desmatamento; energia. Quando falou que era necessário reduzir o desmatamento no Cerrado, a ministra Dilma Rousseff discordou. “Vamos com cuidado. O cerrado é a área natural de crescimento da agropecuária“, disse a ministra.
O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, discordou de tudo. “Para que oferecer um corte de 40%, se um corte de 20% já nos coloca no topo?”, disse. Oferecer um corte de 20% significa limitar o nosso esforço de reduzir o desmatamento da Amazônia, e não adotar qualquer medida nas áreas de energia; agropecuária; transporte.
Mesmo assim, o número do governo parece mais bonito do que é. Um corte de 80% no desmatamento parece lindo. Mas é em relação ao nível de 1996 a 2005, que são 19.500 km2 de floresta destruída por ano. Hoje, já estamos em 12 mil. Ou seja, já houve 40% de queda. A proposta é que em 2020 o Brasil desmate “só” 3.900 Km2 por ano. Isso significa desmatar anualmente “apenas” 3,2 vezes um território do tamanho da cidade do Rio de Janeiro.
A posição brasileira feita assim, com números imprecisos e uma visão míope, será defendida pela chefe da delegação em Copenhague, a ministra Dilma, até a chegada
de Lula. A ideia do governo de nomeá-la chefe da delegação, apesar de sua notória falta de apreço pela questão ambiental e climática, tem também um cálculo eleitoral. Pelo “efeito Marina”, a candidata do governo está correndo atrás de uma maquiagem verde.
Na apresentação que fez, o ministro Minc contou aos repórteres que só a lei climática de São Paulo significará 3,5 pontos percentuais no total dos cortes de emissão dentro da proposta de 40% de redução. O Brasil pode oferecer mais do que vai acabar apresentando. E isso faria bem ao país porque significaria integrar a pecuária e a lavoura de forma mais eficiente; diminuir o desmatamento do cerrado; reflorestar 500 mil hectares por ano; aumentar a eficiência energética; não implantar as absurdas térmicas a carvão e óleo combustível. E se tudo isso não for benefício suficiente, passar ao mundo a mensagem de que o país quer e vai lutar por um mundo mais sustentável.
"É uma pena que o Brasil só vai a Copenhague unido e com bons propósitos quando é para defender a Olimpíada".
Mesmo assim, o número do governo parece mais bonito do que é. Um corte de 80% no desmatamento parece lindo. Mas é em relação ao nível de 1996 a 2005, que são 19.500 km2 de floresta destruída por ano. Hoje, já estamos em 12 mil. Ou seja, já houve 40% de queda. A proposta é que em 2020 o Brasil desmate “só” 3.900 Km2 por ano. Isso significa desmatar anualmente “apenas” 3,2 vezes um território do tamanho da cidade do Rio de Janeiro.
A posição brasileira feita assim, com números imprecisos e uma visão míope, será defendida pela chefe da delegação em Copenhague, a ministra Dilma, até a chegada
Na apresentação que fez, o ministro Minc contou aos repórteres que só a lei climática de São Paulo significará 3,5 pontos percentuais no total dos cortes de emissão dentro da proposta de 40% de redução. O Brasil pode oferecer mais do que vai acabar apresentando. E isso faria bem ao país porque significaria integrar a pecuária e a lavoura de forma mais eficiente; diminuir o desmatamento do cerrado; reflorestar 500 mil hectares por ano; aumentar a eficiência energética; não implantar as absurdas térmicas a carvão e óleo combustível. E se tudo isso não for benefício suficiente, passar ao mundo a mensagem de que o país quer e vai lutar por um mundo mais sustentável.
"É uma pena que o Brasil só vai a Copenhague unido e com bons propósitos quando é para defender a Olimpíada".
(Miriam Leitão - Panorama Econômico)
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