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Postado por Gilmar da Silva, em 03, 11, 2009
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A história nos mostra que governantes, como Lula e Chaves passam, enquanto países e povos permanecem. Polêmicas em torno de questões ideológicas não devem barrar o progresso e o fortalecimento das nações. A América do Sul precisa de um bloco comercial cada vez mais forte, para fazer frente ao desafio de transformar países em desenvolvimento em países desenvolvidos.
É sabido que os grandes conglomerados comerciais de países ricos agem com protecionismo e impõem taxas abusivas às importações de produtos oriundos de economias subdesenvolvidas. Para contrabalançar essa tendência, urge que os países sul-americanos estejam unidos. Discordâncias em torno da postura política de algum mandatário não podem servir de caldo de cultura para barrar a entrada em bloco econômico de nações tradicionalmente amigas.
Na última década, as exportações brasileiras para a Venezuela aumentaram mais de 850%, pois passaram de US$ 536 milhões, em 1999, para US$ 5 bilhões em 2008. O saldo a favor do Brasil em 2008 atingiu o montante de US$ 4,6 bilhões, o equivalente a 2,5 vezes o superávit obtido nas relações com os EUA. O comércio mundial não se mantém atrelado a questões ideológicas, sejam elas políticas ou religiosas. Os países que fizeram isso fracassaram e submeteram seus povos a privações.
Considero prudente - como já decidiram Argentina e Uruguai - que o Brasil também referende o protocolo de integração da Venezuela ao Mercosul. A exclusão seria um retrocesso nas relações multilaterais entre os países do nosso continente, podendo estimular o surgimento de um outro bloco comercial divisionista, fragilizando a posição do Mercosul. Não estaríamos prejudicando um governo, mas rejeitando um povo que, como nós, deseja e merece o desenvolvimento. Como democrata, quero deixar bem claro que não tenho nenhuma simpatia pelos métodos utilizados pelo senhor Hugo Chávez, que, para se manter no poder, utiliza-se de estratégias políticas discricionárias.
Antonio Carlos Valadares (PSB)
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