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Postado por Gilmar da Silva, em 21, 11, 2009
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A política de concessão de reajustes para servidores públicos, adotada com maior ênfase pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva desde 2006, começa a apresentar impactos significativos na folha de pessoal pago com dinheiro da União. A última parcela do aumento concedido aos funcionários do Judiciário em 2006, por exemplo, foi computada em dezembro de 2008. Resultado: a despesa média mensal por servidor saltou de R$ 14,1 mil no ano passado para R$ 16,7 mil, calculados nos últimos 12 meses deste ano. A diferença, de 18,4%, é quatro vezes maior do que a inflação acumulada no mesmo período, que é 4,34%.
A reestruturação, promovida no ano passado, de diversas carreiras do Executivo também trouxe impacto significativo na folha de pessoal da União. A média de gastos com pagamento de servidores passou de R$ 4,8 mil para R$ 5,5 mil, um aumento de 12,7%. O Legislativo apresentou a menor variação proporcional: os gastos saltaram de R$ 12,5 mil para R$ 12,6 mil, mas Senado e Câmara já preparam seus respectivos planos de carreira. No total, a folha da União fechou o ano de 2008 em R$ 144,4 bilhões. O valor calculado pelo Planejamento em 2009 já está em R$ 161,8 bilhões.
O volume de gastos da União com o custeio da máquina será tema constante de debates nas eleições presidenciais de 2010. A candidata do PT, Dilma Rousseff, defenderá que o governo Lula reestruturou a máquina pública, que teria sido sucateada durante os governos tucanos. A tal reestruturação seria fruto das políticas de criação de carreiras e de revisão salarial.
A oposição, por sua vez, trata o gasto com pagamento de pessoal como uma bomba-relógio, que explodirá no colo do próximo governante. Isso porque muitos dos reajustes, a exemplo do concedido aos servidores do Judiciário, serão implementados em parcelas, ao longo dos próximos anos. Diz que o governo não tem condições de arcar com todos os compromissos assumidos. Nas eleições, questionarão a eficácia desses investimentos (Correio Braziliense).
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