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Postado por Gilmar da Silva, em 01, 11, 2009
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O que mais chama a atenção no fato de mais de 10 mil motoristas gaúchos continuarem livres para dirigir mesmo depois de terem acumulado mais de 20 pontos em infrações não é apenas a impunidade, já consagrada no país. O que incomoda é a particularidade de se acharem no direito de desrespeitar outras pessoas e desprezar regras estabelecidas pela sociedade. Apesar do grande número de infratores ao volante, cometendo deslizes e passando os pontos para parentes e amigos, no clássico jeitinho de enganar a lei, a verdade é que eles constituem uma minoria na comparação com o total de cidadãos que cumprem com suas obrigações, inclusive no trânsito. Por isso, a lei e a fiscalização precisam ser mais rigorosas, para evitar que o egoísmo e a esperteza contaminem toda a sociedade.
Infelizmente, como se previa, os órgãos de fiscalização não se prepararam à altura para enfrentar o rigor imposto pelo Código de Trânsito Brasileiro. Mesmo com os elevados valores das multas por infrações, o Departamento Estadual de Trânsito (Detran), por exemplo, não dispõe até hoje de uma estrutura mínima adequada para impor o rigor da lei aos infratores.
Em consequência, depende da conscientização de quem, ao atingir o número máximo de pontos num período de 12 meses, se apresenta espontaneamente para receber uma suspensão temporária da Carteira Nacional de Habilitação e submeter-se a um curso de reciclagem. O problema, porém, são justamente os demais, que, por falta de estrutura do poder público, continuam a pôr em risco a vida de outras pessoas.
Estados como o Paraná já se deram conta da importância de recolher o documento de habilitação dos infratores contumazes, levando milhares deles a devolvê-lo ao determinar a busca de condutores irregulares em sua casa. O Rio Grande do Sul precisa encontrar uma forma de impor a lei, que não é certamente depender da boa vontade de quem não tem o menor respeito por regras mínimas de convivência no trânsito.
(Zero Hora).
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