Postado por Gilmar da Silva, em 12/08/2010
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Os jornalistas brasileiros formularam para Hugo Chávez uma pergunta que os colegas venezuelanos não têm como fazer a ele: "O presidente Lula completa dois mandatos com cerca de 80% de popularidade e sai do governo em janeiro de 2011. E o sr., quando entrega o cargo a um sucessor?". Chávez fez cara de susto, Lula e seus ministros e assessores esconderam risinhos, e o venezuelano desatou a falar, falar, sem dizer nada, até confessar que não pretende largar o osso: "Não sei. Sei lá". E, por falar em encher linguiça, foi exatamente isso que Brasil e Venezuela fizeram, na assinatura de 21 atos. Um é importante, na área de energia. Alguns outros, mais ou menos. O resto é só para "dar volume", como admitiu um dos envolvidos diretos. Misturaram de orquestras a azeite, carne e embutidos -o que deu sentido literal à expressão "encheção de linguiça". E não faltou "o milho da Ponta do Boi". Um burocrata tinha escrito carne, e um ministro estranhou: "O que é isso?". Foi assim que a carne voltou a ser milho.
A agenda atrasou e estourou umas quatro horas, mas o que importou mesmo foi a conversa a sós entre Lula e Chávez, com dezenas de pessoas do lado de fora. Curiosas estavam, curiosas vão continuar. No mais, não houve surpresa: Lula aproveitou para mais um discurso de campanha contra FHC e José Serra e deu mais um fora: ao falar de democracia, condenou os militares golpistas de outrora. Esqueceu que Chávez era coronel da ativa em 1992, quando tentou derrubar o presidente civil e legitimamente eleito da Venezuela? O troco veio ao fim da solenidade e antes do almoço. Eram 16h15. Famoso por seus discursos intermináveis, à
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Amigo, o nosso presidente sai depois de dois mandatos mas quer deixar alguém tomando conta da sua cadeira. Sabes disso. Ele apenas é mais sutil que o Chávez. A minha cabeça ainda está muito confusa para essa eleição. Espero que nós não façamos uma grande besteira. Em todo o caso minha inclinação maior é ainda pela continuidade do que pela mudança radical, já que não descobri ainda o meio termo. Um abraço.
ResponderExcluirLamento que vc pense assim. Está em dúvida em relação ao futuro da nação. Ivana, digo o que penso. Olhe quem cerca Lula. O Bonner foi no cerne, todos seus desafetos hoje são aliados. Eu vivo o mundo da política (de fora é claro), mas nunca sofri tanto na vida como com o PT, perdi muito, quase que minha dignidade. Hoje vejo que o PT governa alicerçado pelos que ele combatia. Não vou discutir política com uma pessoa que eu aprendi a "adorar", uma poetiza. Não se contagie. Siga tua cabeça. Mas nunca esqueça, a "continuidade" é perigosa e nós lutamos por dias melhores para nossos filhos, netos e esses que aí estão querem tão somente o poder, o glamour, aa vida fácil - foi-se o tempo de metalúrgico, de guerrilheira - hoje são os defensores de uma nação que deve buscar diminuir as diferenças. Vou parar por aqui, mas daqui, vou arriscar, uma década, espero continuar me correspondendo contigo e poder ter a liberdade de te perguntar, você está contente com o Brasil da continuidade? Eu sou um inconformado puro, luto contra tudo que acho injusto no campo da política, quer ela seja partidária ou não. Tenho uma história longa de lutas, perseguições, conhecimento de figuras que não são o que refletem. Em resumo: adoro a política pura, detesto os políticos profissionais e os combato como posso, da minha tribuna. Desculpe, estou amofinado hoje e acabei fazendo como aquela atendente. Sei que me entenderás. Minhas posições são do momento, do assunto, da pauta oferecida. ABRAÇOS. Meu blog te reverencia como leitora e crítica n+ 1.
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