E S T R E L A
Um encontro realizado
na tarde desta terça-feira (29.11), na Câmara de Vereadores, tratou do combate
ao mosquito borrachudo em Estrela. Organizado pelas secretarias da Saúde, do
Meio Ambiente da Agricultura, e pela Emater/RS e Sindicato dos Trabalhadores
Rurais, apresentou aos presentes medidas para evitar a proliferação. Entre elas
estão a reconstituição da vegetação ciliar junto aos córregos e saídas de
açudes; prevenção da entrada de matéria orgânica em córregos e a retirada de
entulhos dos cursos d'água. "Para este tipo de combate é preciso respeitar
as leis ambientais. Se não tivéssemos tanta carga orgânica nos riachos e
córregos não teríamos tanta incidência do borrachudo. A retirada da mata ciliar
também acaba com os predadores naturais", afirmou o biólogo da Secretaria
do Meio Ambiente, Gaspar Franco.
Técnico agrícola da
Secretaria da Agricultura, o biólogo Samuel Weber abordou, entre outros
aspectos, as formas de controle do mosquito, entre as quais a mecânica, que é a
raspagem das pedras nos córregos e arroios, a fim de evitar que as larvas se
desenvolvam. Para ele, é preciso haver também sintonia entre os municípios na
aplicação do BTI (larvicida biológico), para que os resultados sejam mais
eficazes quando for utilizado o produto. Já a coordenadora da Vigilância em
Saúde da Secretaria da Saúde, Carmen Hentschke, citou as ações que vem sendo
realizadas pelo município no combate ao mosquito. Segundo ela, a aplicação do
BTI começou em setembro, em 123 pontos
de córregos e arroios, número superior ao que era feito em anos
anteriores.
Todos os profissionais destacaram,
no entanto, que antes da utilização do BTI as demais medidas de controle são
muito importantes. Gaspar Franco citou que o sombreamento das águas, com a
reconstituição da vegetação ciliar em córregos e saídas de açudes, por exemplo,
pode reduzir em até 80% a incidência do mosquito. Além disso, segundo eles,
este é um trabalho que tem que ser feito a muitas mãos, pois somente o poder
público não dará conta de evitar a proliferação. "Precisamos de todos para
minimizar este problema", afirmaram os técnicos.
Texto e fotos:
Paulo Ricardo Schneider
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