Para
ter uma abordagem eficaz com o jovem e tratar de temáticas que requerem
habilidade, é preciso ter uma linguagem diferenciada
O Governo de Estrela promoveu, na quarta-feira (19), o Seminário Saúde na Escola. Realizado por meio das secretarias da Educação e da Saúde, na Faculdade La Salle, abordou questões ligadas a temáticas que estão sendo trabalhadas pelos profissionais de saúde e educadores. Sexualidade na adolescência e seus temas transversais foram pauta para painelistas durante a manhã inteira. As psicólogas Celina Darde e Mariana Mazzarino, o mestre em neurolinguística Jorge Alfredo Fritscher (bom retirense)
, a psiquiatra Diana de Bem Souza, o instrutor de teatro Fernando Tepasse e Maria de Lurdes Wermann, do Serviço de Assistência Especializada (SAE) aprofundaram-se no tema, que tem um vasto campo de discussão.
Eles sensibilizaram os
profissionais para trabalhar as questões envolvidas com a sexualidade e saúde
mental com os adolescentes na escola. “A sexualidade foi escolhida porque é um
tema palpitante. Também porque precisa ser discutida com eles, os jovens, e
está prevista nas ações do Programa Saúde na Escola (PSE)”, informa uma das
coordenadoras do PSE, Leandra Baldissarelli.
No seminário foi
destacada a linguagem que se deve usar com os adolescentes porque o jeito de
falar importa ao dar orientações a eles, sobretudo com questões delicadas.
“Muitas vezes o profissional conhece a teoria, precisa saber o melhor modo de
falar. Deve ser uma linguagem que atinja o público e com foco na realidade
deles.” Outro item especificado é a questão de o profisssional estar disposto a
levantar o tema sexualidade. “Nem sempre o adulto se sente à vontade abordando
a questão.” Ocorre que muitas vezes o jovem aprende sobre o assunto na rua, de
forma não adequada. “É preciso que eles sejam preparados e com consciência para
essa fase. As dúvidas são muitas, é a época em que estão desabrochando para a
vida. Melhor ter uma orientação segura e eficaz.”
A psicóloga Mariana
Mazzarino enfatiza que o seminário é uma forma de a rede pensar junto ações de
prevenção e promoção e fortalecer o protagonismo dos adolescentes para que eles
também possam ser “autores de suas próprias vidas”. Na plateia, além de
enfermeiros, técnicos e professores, estavam representantes de grêmios
estudantis e líderes de turma. “Não queremos que o debate fique só entre
adultos e professores”, reitera Mariana. No próximo curso de capacitação do
Programa Saúde na Escola, estudantes serão convidados a participar para se
tornarem multiplicadores de ideias. “Nós acreditamos que adolescente falando
com adolescente gera mais efeito.”
Texto e foto:
Andreia Rabaiolli
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