Na próxima quarta-feira (13), as 245 Santas Casas e Hospitais
Filantrópicos do Rio Grande do Sul realizam mais uma manifestação com intuito
de chamar atenção da comunidade sobre a grave crise em que estão inseridas e,
especialmente, cobrar do Governo do Estado repasses atrasados que alcançam,
atualmente, mais de R$ 230 milhões.
No dia 06 de maio diversas atividades marcaram o Dia D
Municipal das Santas Casas do RS. No
dia D Estadual, que acontecerá em 13 de maio, às 11h, na Frente do Palácio
Piratini, em Porto Alegre, dezenas de caravanas dos mais diversos municípios do
Estado apresentarão ao Governador José Ivo Sartori o montante de atendimento
que será reduzido, tendo em vista os cortes orçamentários efetuados.
As Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do RS integram a
maior rede hospitalar do Estado, respondem por 73% dos atendimentos SUS,
empregam mais de 65 mil trabalhadores e vem trabalhando, desde outubro do ano
passado, com atrasos e cortes no seu orçamento. Repasses dos meses de outubro e
novembro de 2014 ainda estão pendentes (R$ 132,6 milhões) e desde janeiro de
2015 não recebem verbas do co-financiamento Estadual (R$ 25 milhões/mensais).
Maiores Informações: assessoria de comunicação social da
Federação das Santas Casas do RS (51) 3311.2333 e (51) 8489.1707. Renata
Valença
ENTENDA O PORQUÊ DAS MANIFESTAÇÕES:
O que o Governo do
Estado vem pagando em dia?
O Governo do Estado do Rio Grande do Sul vem pagando em dia
as verbas que são repassadas pelo Tesouro Federal. Verbas referentes à produção
das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos. As entidades recebem pela prestação
de serviços.
O que as Santas Casas e
Hospitais Filantrópicos estão exigindo se os pagamentos estão em dia, segundo o
Governo do Estado?
Nos meses de outubro
e novembro de 2014, R$ 132,6
milhões referentes à produção dos hospitais não foram repassados. Não se trata
de uma questão de Governo “A” ou “B” e sim de uma questão de Estado. Desde
início dos atrasos nos repasses estamos reivindicando o pagamento desse
montante.
Em 2015,
outra fonte de recurso dos hospitais foi cortada. O denominado co-financiamento
estadual (criado em 2002) foi excluído do orçamento (mesmo com a aprovação na
Assembleia Legislativa). Este recurso de custeio equivalia a R$ 25 milhões mensais para a
rede. Logo, em 2015 serão R$ 300 milhões a menos para os hospitais.
O Governo do Estado diz
que está aberto ao diálogo, porque as Santas Casas e Hospitais Filantrópicos
não sentam para negociar?
Muitas reuniões foram feitas para chegarmos em um consenso
com o Governo do Estado. As únicas respostas que temos são: reconhecemos a
dívida de 2014 mas não temos verba para pagar e o Governo do Estado não
reconhece o programa de co-financiamento que já vem sendo aplicado há 13 anos.
Com a redução de orçamento, não resta outra alternativa senão a redução nos
atendimentos/leitos/pessoal. Não há como manter o mesmo número de
atendimentos/leitos/pessoal, com a redução de orçamento, é básico.
O Governo do Estado vem
afirmando que já aumentou imensamente os valores para as Santas Casas e
Hospitais Filantrópicos. Fala-se até de mais de 600% de aumento. Como essas
instituições estão em crise?
Estes valores dizem respeito ao pagamento de programas
específicos criados pelos Governos Estaduais. São mais de 16 programas criados.
Os hospitais tiveram que adaptar sua estrutura para proporcionar atendimentos
relativos aos mesmos. Contratação de pessoal, adequação de locais dentro dos
hospitais, criação de mais leitos, entre outros. Ou seja, os hospitais
receberam mais, sim. Porém, investiram e aumentaram estrutura para a realização
destes programas. Entre eles: rede cegonha, mamãe canguru, saúde mental, etc.
AI
Nenhum comentário:
Postar um comentário