5 de set. de 2012

Militar dos Estados Unidos que desertou conta como passou 28 anos escondido




No auge da Guerra Fria, o americano David Hemler desertou o posto que ocupava em uma base aérea na Alemanha. Ele passou 28 anos na lista dos mais procurados da Força Aérea dos Estados Unidos. Quase três décadas mais tarde, sem poder tolerar as saudades da família, Hemler,  hoje cidadão sueco, revelou ao mundo sua verdadeira identidade e entrou em contato os irmãos e pais nos Estados Unidos. Em agosto último, ele foi visitado, na Suécia, pelos pais e irmão, mas corre o risco de ficar até 30 anos na cadeia se puser os pés nos Estados Unidos. Em 1984, o governo do então presidente americano Ronald Reagan instalou mísseis Pershing II na Alemanha Ocidental. David Hemler, na época com 21 anos de idade, trabalhava como especialista em línguas na base americana de Augsburg, na Bavária, Alemanha. No entanto, Hemler não estava feliz. Ele procurou seu supervisor e pediu para ser dispensado, declarando que havia se tornado um pacifista. - Eu não achava que ser um pacifista queria dizer que eu estava sofrendo de uma doença mental. Mas eu andava mal – contou. - À noite, ficava acordado pensando e não conseguia dormir. Também tinha dificuldade para comer, havia até desmaiado algumas vezes. A Força Aérea não dispensou Hemler. Em vez disso, ele perdeu seu posto secreto e foi ordenado a trabalhar na limpeza da base. Após um ano limpando o chão, Hemler percebeu que a Força Aérea não o dispensaria facilmente. Estava muito difícil. Eu tinha completado três anos (de serviço) e tinha mais três para cumprir. Então, Hemler começou a considerar a possibilidade de “se ausentar sem permissão”. No jargão militar, isso significa deixar seu dever sem permissão oficial, porém sem a intenção de desertar. - Eu estava me sentindo tão mal, precisava sair dali. Seria como um pedido de ajuda, para que as pessoas entendessem que eu não estava me sentindo lá muito bem.
Correio do Brasil

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