15 de ago. de 2012

Fernandinho Beira-Mar quer participar de campanha contra o crack, diz ONG

###########################################

Alguns dos principais chefes do tráfico no Rio de Janeiro, como Luiz Ferrnando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar , Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem da Rocinha , e Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP , teriam aceitado participar de uma campanha contra a venda de crack nas favelas do Rio de Janeiro. O projeto, chamado de "Anjos Contra o Crack", é organizado pela ONG Instituto Anjos da Liberdade. A presidente da instituição, a advogada Flávia Pinheiro Fróes, que defende vários criminosos, disse ao iG que foi até as penitenciárias federais de Campo Grande (MS) e Porto Velho (RO) e cadeias no Rio e estaduais onde os traficantes estão presos para conversar sobre a campanha e recebeu grande adesão. Ela disse ter pedido autorização da Justiça para que os detentos participem do projeto. Segundo Flávia, a participação dos chefões do crime na campanha seria por meio de um vídeo onde eles gravariam mensagens de repúdio ao crack ou, então, uma foto para cartilhas que serão distribuídas na cidade. De acordo com a advogada, um dos mais entusiasmados com a ideia é Fernandinho Beira-Mar, que está preso em Porto Velho. Segundo Flávia, ele aceitou gravar. Outro que teria topado fazer um vídeo é Marco Antônio Firmino da Silva, o My Thor, suspeito de ser um dos líderes do Comando Vermelho (CV).

O traficante Nem da Rocinha também aceitou colaborar com o projeto contra a venda de crack. Flávia afirmou que outro traficante, Márcio Lima da Silva, o Tola, vinculado ao Terceiro Comando Puro (TCP), preso no Rio, será uma espécie de "garoto-propaganda" da campanha porque foi usuário do crack e também topou gravar. Em relação ao traficante Nem da Rocinha, que está no presídio federal de Campo Grande (MS), a advogada ainda não sabe se ele aceitará gravar ou fazer foto. "A nossa ideia é que os presos gravem mensagens dizendo que são contra o crack, que o crack faz mal. Buscamos adesão não só de líderes das favelas, mas também de outras pessoas que possuem carisma e influência dentro das comunidades. As imagens deles serão importantes: se já convencemos esses aqui, por que vocês não?", disse. A presidente da ONG afirmou que os Anjos da Liberdade produziu recentemente uma entrevista em vídeo com o traficante Marcelo Fernando Pinheiro Veiga, o Marcelo Piloto, que comanda a favela do Mandela, na zona norte do Rio, em que ele dá um depoimento sobre a questão do crack. Na gravação, o criminoso, que está em liberdade, afirmou que, com o consumo da droga, "as pessoas viram zumbis, começam a matar e roubar as próprias pessoas dentro de casa". A polêmica em torno da venda do crack no Rio começou em junho quando apareceram cartazes e placas anunciando a proibição da comercialização da droga na favela do Jacarezinho, na zona norte do Rio, apontada como a maior cracolândia da cidade. Na época, a delegada Valéria Aragão, titular da Dcod (Delegacia de Combate às Drogas), afirmou que a iniciativa poderia ser uma estratégia de marketing dos traficantes para diminuir as operações policiais nas comunidades.

Trecho de matéria repercutida em iG Último Segundo

%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%

Nenhum comentário:

Postar um comentário