12 de jun. de 2011

Explodir é mais fácil

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Post p/ Chimarrão, em 12/06/2011
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O comércio de explosivos no Brasil chegou a 120.000 toneladas em 2010. Cerca de 4.700 empresas brasileiras estão credenciadas a vender o material, principalmente para pedreiras, mineradoras e empreiteiras. Esse comércio é fiscalizado pela Diretoria de Fiscalização de Produtos Controlados (DFPC) do Exército, com o apoio das secretarias de Segurança dos Estados. Mas a vigilância termina na venda. “O Exército tem um controle rígido da fabricação e do comércio”, afirma o policial civil e químico Carlos Alberto Tabanez, da Divisão de Operações Especiais da Polícia Civil de Brasília. “Mas depois dessa fase começam os problemas.”

O transporte e o armazenamento são de responsabilidade dos vendedores e das empresas consumidoras. Os explosivos são transportados em caminhões comuns, sem escolta. Em agosto do ano passado, um carregamento de 2.500 toneladas foi interceptado por ladrões na Rodovia Fernão Dias, que liga São Paulo a Belo Horizonte. Apenas parte do material, cerca de 1.500 toneladas, foi recuperada. As autoridades suspeitam que o restante abastece quadrilhas responsáveis pelos ataques em São Paulo.

Enquanto isso, a metodologia dos bandidos evolui. A polícia já identificou sinais de que eles estão usando, além de produtos industrializados, explosivos produzidos em casa. Provavelmente, os bandidos querem reduzir o risco de seu trabalho: fabricar explosivos dá mais trabalho, mas é menos perigoso que roubar um caminhão. Provavelmente, eles assistiram a Butch Cassidy e Sundance Kid. No segundo roubo ao trem, os criminosos se deparam com um grupo de caçadores de recompensa, que os persegue sem descanso por dias. No filme, é o começo da derrocada da dupla.

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