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O tradicional desfile de carnaval no município de Bom Retiro do Sul, que já atravessa
décadas e os foliões sempre animadíssimos com a oportunidade de mostrar o samba no pé, as lindas alegorias e a demonstração de alegria com a chegada da festa momesca, vão também de geração em geração trazendo para a avenida o que pulsa em suas veias carnavalescas de pai para filho. Neste ano foi feita u
ma homenagem póstuma muito especial para um dos fundadores da Escola de Samba Inhandava, o ex-prefeito e carnavalesco Sebastião Jurandi C
ezar, com um minuto de silêncio em toda a avenida do samba.
A abertura da festividade foi feita pelo prefeito Celso Pazuch, o qual saudou todo o grande público que lotou as laterais reservadas aos assistentes e dando por aberto o carnaval de Rua de Bom Retiro do Sul, entregou simbolicamente a chave da cidade para a corte carnavalesca que em seguida s
e dirigiu até o início da Avenida Jorge Fett para trazer a primeira entidade, a Sociedade Carnavalesta “Os Batutas”, de Taquari, que arrancaram aplausos com sua apresentação e como sempre receberam o carinho dos bonretirenses e visitantes, afinal a terra mãe do município sempre tem vindo prestigiar a festa local e mostrado as raízes açorianas há muitas décadas.
Aliás, os Batutas,
que sempre tem brindado o público que assiste os desfiles no município, trouxe este ano, além de belos e bem produzidos carros alegóricos, também lindas destaques, confirmando que não é somente a terra da laranja, mas de muita mulher bonita que com sua beleza e simpatia, soube muito bem cativar e ser aplaudida pelo público presente na avenida do samba.
E como não poderia faltar novamente a avenida do samba contou com a alegria e a irreverência do “Bloco d
os Palhaços”, de Lajeado, que trouxe para o grande público uma de suas melhores apresentações, com muitos carros alegóricos e formas estranhas e alegres de arrancar gargalhadas e aplausos de jovens e adultos. Sem dúvida alguma, o brilhantismo do carnaval não pode dispensar a presença e animação dos palhaços, que além de suas brincadeiras, interagiam em todos os momentos com o público e distribuíam mimos – balas, pirulitos e brinquedos – para a garotada presente, que vibrava com a p
resença animadíssima, colorida, barulhenta e cheia de
surpresa dos palhaços desfilando na avenida. E neste ano a entidade carnavalesca que também atravessou gerações, trouxe para a avenida uma homenagem especial a todos os carnavalescos fundadores do bloco, que atualmente reúne dezenas de famílias e centenas de integrantes das mais variadas camadas sociais, mas que no momento de pular na avenida, transformam-se simplesmente em brincalhões palhaços.
Por fim foi a vez do esperado momento em que a Escola de Samba
Inhandava pisaria pela primeira vez neste ano na avenida do samba. Um momento também de reflexão, pois conforme o presidente da Inhandava – que no final ao receber o troféu de participação, chorou e anunciou sua despedida do cargo – disse que a alegria não seria diferente, mas pela perda de seu ilustre integrante, nessa edição não ocorreria o já tradicional festival de fogos, que sempre acontece a
ntecedendo o ingresso da escola na avenida. Mas mesmo com uma parte entristecida, a alegria preponderou a ao abrir o desfile os carnavalescos da Inhandava se transformaram em figuras representativas do samba e o brilh
o, a alegria com o ritmo da afinada bateria, arrancou da alma de todos, o samba enredo envolvente que trouxe uma homenagem ao esporte, unindo gremistas e colorados em um só hino, o carnaval. Foi uma grande confraternização e animação por parte dos foliões, emocionando e arrancando muitos aplausos de todo o público. E um registro também foi feito na oportunidade, pois na participação da entidade no Carnaval Regional de Lajeado, foram literalmente “
garfeados” pelos jurados, que mesmo tendo sido melhor, acabou em segundo lugar, ficando em primeiro a Irmãos da Opa, de Taquari, que segundo informado nos microfones, mesmo tendo carro alegórico quebrado e não participado do desfile, teve nota máxima dos jurados. Se isso ocorreu mesmo, pergunta esse editor, para ganhar nota em alegoria
e abre alas, os jurados não precisariam ver o carro alegórico desfilando, assim como o grande público? É por isso que vai continuar sem brilho o regional, onde segundo muitos inconformados com a decisão, não pode ser levado a sério o que não é feito na mesma medida. Mas mesmo sem título, a Inhandava foi saudada pelo grande público em Bom Retiro como a campeã moral da festa de momo de 2011, sem desmerecer a co-irmã de Taquari, mas em repúdio a, digamos, falta de preparo dos jurados, que não devem ter observado o r
egulamento da competição. Aí, quem sabe, um dos motivos para o fim de muitas entidades carnavalescas, que se preparam o ano inteiro para se frustrar com pessoas que não têm o compromisso com o fundamento maior do carnaval, a alegria. Com a palavra o ex-prefeito Chilella que falou sobre as festas tradicionais, entre elas o carnaval, salientando que em sua época, diversificou muitos eventos que se tornaram tradicionais. E sobre o carnaval, disse que já marcou época no vale e precisa ser repensado, pois não é como antes, se bem que ainda muito bem produzido. Chilella foi incentivador do evento e de muitos outros e deseja que haja mudanças para a permanência dessa grande festa popular.
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