8 de mar. de 2011

Carnaval 2011 em Bom Retiro do Sul

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Post p/Chimarrão, em 08/03/2011
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O tradicional desfile de carnaval no município de Bom Retiro do Sul, que já atravessa décadas e os foliões sempre animadíssimos com a oportunidade de mostrar o samba no pé, as lindas alegorias e a demonstração de alegria com a chegada da festa momesca, vão também de geração em geração trazendo para a avenida o que pulsa em suas veias carnavalescas de pai para filho. Neste ano foi feita uma homenagem póstuma muito especial para um dos fundadores da Escola de Samba Inhandava, o ex-prefeito e carnavalesco Sebastião Jurandi Cezar, com um minuto de silêncio em toda a avenida do samba.

A abertura da festividade foi feita pelo prefeito Celso Pazuch, o qual saudou todo o grande público que lotou as laterais reservadas aos assistentes e dando por aberto o carnaval de Rua de Bom Retiro do Sul, entregou simbolicamente a chave da cidade para a corte carnavalesca que em seguida se dirigiu até o início da Avenida Jorge Fett para trazer a primeira entidade, a Sociedade Carnavalesta “Os Batutas”, de Taquari, que arrancaram aplausos com sua apresentação e como sempre receberam o carinho dos bonretirenses e visitantes, afinal a terra mãe do município sempre tem vindo prestigiar a festa local e mostrado as raízes açorianas há muitas décadas. Aliás, os Batutas, que sempre tem brindado o público que assiste os desfiles no município, trouxe este ano, além de belos e bem produzidos carros alegóricos, também lindas destaques, confirmando que não é somente a terra da laranja, mas de muita mulher bonita que com sua beleza e simpatia, soube muito bem cativar e ser aplaudida pelo público presente na avenida do samba.

E como não poderia faltar novamente a avenida do samba contou com a alegria e a irreverência do “Bloco dos Palhaços”, de Lajeado, que trouxe para o grande público uma de suas melhores apresentações, com muitos carros alegóricos e formas estranhas e alegres de arrancar gargalhadas e aplausos de jovens e adultos. Sem dúvida alguma, o brilhantismo do carnaval não pode dispensar a presença e animação dos palhaços, que além de suas brincadeiras, interagiam em todos os momentos com o público e distribuíam mimos – balas, pirulitos e brinquedos – para a garotada presente, que vibrava com a presença animadíssima, colorida, barulhenta e cheia de surpresa dos palhaços desfilando na avenida. E neste ano a entidade carnavalesca que também atravessou gerações, trouxe para a avenida uma homenagem especial a todos os carnavalescos fundadores do bloco, que atualmente reúne dezenas de famílias e centenas de integrantes das mais variadas camadas sociais, mas que no momento de pular na avenida, transformam-se simplesmente em brincalhões palhaços.

Por fim foi a vez do esperado momento em que a Escola de Samba Inhandava pisaria pela primeira vez neste ano na avenida do samba. Um momento também de reflexão, pois conforme o presidente da Inhandava – que no final ao receber o troféu de participação, chorou e anunciou sua despedida do cargo – disse que a alegria não seria diferente, mas pela perda de seu ilustre integrante, nessa edição não ocorreria o já tradicional festival de fogos, que sempre acontece antecedendo o ingresso da escola na avenida. Mas mesmo com uma parte entristecida, a alegria preponderou a ao abrir o desfile os carnavalescos da Inhandava se transformaram em figuras representativas do samba e o brilho, a alegria com o ritmo da afinada bateria, arrancou da alma de todos, o samba enredo envolvente que trouxe uma homenagem ao esporte, unindo gremistas e colorados em um só hino, o carnaval. Foi uma grande confraternização e animação por parte dos foliões, emocionando e arrancando muitos aplausos de todo o público. E um registro também foi feito na oportunidade, pois na participação da entidade no Carnaval Regional de Lajeado, foram literalmente “garfeados” pelos jurados, que mesmo tendo sido melhor, acabou em segundo lugar, ficando em primeiro a Irmãos da Opa, de Taquari, que segundo informado nos microfones, mesmo tendo carro alegórico quebrado e não participado do desfile, teve nota máxima dos jurados. Se isso ocorreu mesmo, pergunta esse editor, para ganhar nota em alegoria e abre alas, os jurados não precisariam ver o carro alegórico desfilando, assim como o grande público? É por isso que vai continuar sem brilho o regional, onde segundo muitos inconformados com a decisão, não pode ser levado a sério o que não é feito na mesma medida. Mas mesmo sem título, a Inhandava foi saudada pelo grande público em Bom Retiro como a campeã moral da festa de momo de 2011, sem desmerecer a co-irmã de Taquari, mas em repúdio a, digamos, falta de preparo dos jurados, que não devem ter observado o regulamento da competição. Aí, quem sabe, um dos motivos para o fim de muitas entidades carnavalescas, que se preparam o ano inteiro para se frustrar com pessoas que não têm o compromisso com o fundamento maior do carnaval, a alegria. Com a palavra o ex-prefeito Chilella que falou sobre as festas tradicionais, entre elas o carnaval, salientando que em sua época, diversificou muitos eventos que se tornaram tradicionais. E sobre o carnaval, disse que já marcou época no vale e precisa ser repensado, pois não é como antes, se bem que ainda muito bem produzido. Chilella foi incentivador do evento e de muitos outros e deseja que haja mudanças para a permanência dessa grande festa popular.

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