25 de set. de 2010

Cientistas criam pele eletrônica sensível ao toque

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Postado por Gilmar da Silvaa, em 25/09/2010
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Cientistas especializados em biotecnologia desenvolveram uma pele eletrônica capaz de sentir o toque, o que representa um enorme avanço para o futuro da robótica e da produção de próteses. O material, testado em laboratório, responde quase às mesmas pressões da pele humana e na mesma velocidade. Segundo os cientistas, embora importantes obstáculos ainda se avistem pelo caminho, a pesquisa avança para a substituição dos desajeitados braços robóticos e artificiais da atualidade para versões mais inteligentes e sensíveis ao toque. Batizada de "e-skin" (pele eletrônica), o material compreende uma matriz de nanofios de germânio e silicone, enrolados em um filme pegajoso de poliamida.

A ideia dos cientistas foi usar um filme de borracha que modifica sua espessura de acordo com variações de pressão, usando capacitores, integrados ao material, para medir a diferença. O problema é que o material não pode ser esticado. Os avanços são "marcos importantes" no campo da inteligência artificial, comemorou John Boland, nanocientista do Trinity College, em Dublin, Irlanda, que enalteceu, em particular, o uso de componentes de processamento de baixo custo. Na busca pela emulação eletrônica dos sentidos humanos, já há bons substitutos para a visão e a audição, mas o mesmo não ocorre com o olfato e o paladar. O tato, no entanto, é amplamente reconhecido como o maior obstáculo. Até mesmo tarefas simples, como escovar o cabelo, virar as páginas de um jornal ou vestir um bebê seriam impraticáveis para os robôs de hoje.

Os cientistas advertem para importantes desafios à frente. Um diz respeito a novos sensores, capazes de responder à pressão constante, permitindo sensações mais complexas. Na pele humana, as células sensíveis à pressão enviam diferentes frequências de sinal. Quando sentimos algo doloroso ou cortante, por exemplo, a frequência aumenta, alertando-nos para a ameaça. Outro desafio será conectar a pele artificial ao sistema nervoso humano. O protótipo seria mais como um equipamento manual ou talvez um dispositivo que se ligaria a outras partes do corpo com sensação tátil. O dispositivo geraria um pulso que estimularia outras partes da pele, emitindo o tipo de sinal 'minha mão (artificial) está tocando algo', por exemplo. No futuro, a pele artificial poderia ser equipada com sensores que respondem a produtos químicos, agentes biológicos, temperatura, umidade, radioatividade ou poluentes.

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