por Juremir Machado da Silva
Não é possível ler um artigo como esse e jogar fora o jornal. Seria um desperdício. Por isso estou dividindo com meus leitores essa crônica do Juremir, publicada em 04/08/2009 pelo Correio do Povo. Leitura imperdível. Aproveitem!!
Estive em Palomas. Trago notícias quentinhas de lá. As coisas andam fervendo na capital da República. Contando, ninguém acredita. Imaginem que o presidente do sanatório republicano, José Sirnei, empregou todos os parentes dele na Casa. Teve um namorado de uma neta de Sirnei que foi contratado como louquinho de plantão. O trabalho do rapaz era se preparar para o futuro. A situação é delirante. É uma calhordice atrás da outra. Coisa de lunático. Já teve de tudo. Sirnei pegou a gripe do porco: não para mais de fazer sujeira e de roncar. Mas não quer sair do chiqueiro. É apoiado por uma vara de senadores amigos. Há quem aposte, no entanto, que ele vai cair. De Quatro. Só ainda não desabou por contar com o apoio do presidente Polvo. Mas vai, vai, logo, logo.
O jornal palomense Estadão das Coisas tem sido o principal carrasco de José Sirnei. Vem batendo sem parar no lombo do homem e revelando escutas cada vez mais comprometedoras. Palomas costuma ter recaídas ditatoriais. Hugo Chávez é considerado liberal demais por lá. Palomas já foi território da Arena (não confundir com o novo estádio do Grêmio) e sente saudades do Jarbas Passarinho, do Armando Falcão e de toda aquela fauna de corvos e abutres que mandaram no país por mais de duas décadas. Pois é, Palomas restabeleceu a censura prévia aos meios de comunicação. O desembargador Audácio proibiu o Estadão de falar a verdade sobre as porcalhadas do Sirnei. A medida tem um objetivo claro: impedir os jornais de enxovalharem a honra do presidente do sanatório. Audácio entende que Sirnei pode se enxovalhar sozinho. Não precisa de ajuda nem de porta-voz. Oinc!
Faz sentido. Tudo faz sentido em Palomas. Sirnei preside as
sessões do sanatório de cueca, mas isso não chega a caracterizar quebra de decoro. Afinal, além de serem cuecas do que restou do algodão maranhense, pregar moral de cueca é uma velha tradição palomense. O partido do presidente Polvo fez isso durante duas décadas e meia. Palomas respeita a biografia dos seus homens ilustres. Cada vez que um político fala em decoro, a população troca as cortinas e o sofá da sala. É incrível como os sofás produzem ilícitos na região. Tem sofá corno e sofá corrupto. Agora, onde o bicho pega mesmo é na questão das conspirações e das tramas de bastidores. Tudo por lá é invenção da mídia degenerada. José Sirnei, por exemplo, não passa de um bom homem preocupado com o bem estar da sua família e incompreendido pelos jornalistas calhordas.
O desembargador Audácio está tranquilo. Ninguém vai incomodá-lo. Em Palomas, o Executivo e um lodo e o Legislativo um chiqueiro. O Judiciário acha, portanto, que lhe cabe legislar, executar, julgar, limpar as estrebarias, adubar os terrenos menos férteis e por a casa da mãe joana em ordem. É fantástico. Sei que estou exagerando. Esse tipo de discurso pode provocar um retorno da ditadura em Palomas. A censura já começou. Alguém pode achar que se trata de uma defesa do fechamento do congresso. De modo algum. Basta fechar o sanatório republicano aplicando a lei anti-manicômio.
O jornal palomense Estadão das Coisas tem sido o principal carrasco de José Sirnei. Vem batendo sem parar no lombo do homem e revelando escutas cada vez mais comprometedoras. Palomas costuma ter recaídas ditatoriais. Hugo Chávez é considerado liberal demais por lá. Palomas já foi território da Arena (não confundir com o novo estádio do Grêmio) e sente saudades do Jarbas Passarinho, do Armando Falcão e de toda aquela fauna de corvos e abutres que mandaram no país por mais de duas décadas. Pois é, Palomas restabeleceu a censura prévia aos meios de comunicação. O desembargador Audácio proibiu o Estadão de falar a verdade sobre as porcalhadas do Sirnei. A medida tem um objetivo claro: impedir os jornais de enxovalharem a honra do presidente do sanatório. Audácio entende que Sirnei pode se enxovalhar sozinho. Não precisa de ajuda nem de porta-voz. Oinc!
Faz sentido. Tudo faz sentido em Palomas. Sirnei preside as
O desembargador Audácio está tranquilo. Ninguém vai incomodá-lo. Em Palomas, o Executivo e um lodo e o Legislativo um chiqueiro. O Judiciário acha, portanto, que lhe cabe legislar, executar, julgar, limpar as estrebarias, adubar os terrenos menos férteis e por a casa da mãe joana em ordem. É fantástico. Sei que estou exagerando. Esse tipo de discurso pode provocar um retorno da ditadura em Palomas. A censura já começou. Alguém pode achar que se trata de uma defesa do fechamento do congresso. De modo algum. Basta fechar o sanatório republicano aplicando a lei anti-manicômio.
WWW
wwwwwwwwwwww
wwww
Nenhum comentário:
Postar um comentário