23 de ago. de 2010

Coluna do Chimarrão

===================================
Postado por Gilmar da Silva, em 23/08/2010
=====================

Alunos sem livros didáticos
A compra de livros didáticos é centralizada pelo Ministério da Educação. Em 2009, 60 milhões de livros foram comprados diretamente das editoras pelo ministério, num investimento de R$ 302 milhões. Essa centralização contribui para reduzir o preço, mas dificulta a distribuição. Segundo os relatórios da CGU, o ministério não está dando conta da tarefa. Nos municípios fiscalizados, os auditores encontraram muitos alunos sem livro didático no meio do ano. Em Olho d'Água das Cunhãs, de 30 alunos entrevistados, dez não tinham livros, dez tinham livros errados e seis tinham apenas parte dos livros. Em Arco Verde, Pernambuco, 40% dos alunos entrevistados estavam sem livros. Nesses mesmos municípios, havia estoques de livros sem uso. Em Olho d'Água das Cunhãs, a CGU encontrou 1.147 livros no estoque.

Espetacularização
Alcança 30 milhões de reais o orçamento de 2010, destinado à assessoria de comunicação social do Supremo Tribunal Federal, comandada pelo publicitário Renato Parente. A máquina é tocada por um contingente superior a 200 funcionários. Cezar Peluso, que assumiu a presidência do STF, é contra esse aparato e quer fazer um corte radical na máquina de propaganda montada por Gilmar Mendes, que deixou o cargo. Chega ao fim a fase da Justiça como espetáculo. Será que nem a justiça, que o nome é bastante sugestivo, escapa das gastanças governamentais no nosso planalto central, onde é decidida a vida de todos os brasileiros? Lamentável!! Menos mal com o anúncio do novo presidente do STF.

O forró de Dilma
Para ganhar a eleição deste ano, a petista Dilma Rousseff precisa abrir uma ampla dianteira no Nordeste, um reduto governista. A fim de medir a permeabilidade dos eleitores locais ao discurso da candidata oficial, o Instituto Análise, de Alberto Carlos Almeida, identificou suas demandas. Entre os ouvidos, 44% dizem que a criação de empregos e o aumento dos salários na região deveriam ser as prioridades do próximo presidente. As obras de infraestrutura aparecem em segundo lugar, com 34%. Em terceiro, com 9%, vem a melhora da saúde. Os programas sociais e de combate à fome, duas peças de resistência do governo do PT, são mencionados por apenas 3% dos entrevistados, cada um.

Manual de sobrevivência
Durante palestra de Marina Silva na realizada recentemente em Curitiba, alguém perguntou como a candidata do PV à Presidência se desembaraça dos debochados entrevistadores dos programas humorísticos de televisão. A resposta de Marina foi instantânea: “Ah, eu tenho um manual para lidar com o "CQC" e com o "Pânico"- respondeu a senadora licenciada. A plateia pediu detalhes, e Marina explicou: “Para o "CQC", quando a pergunta é difícil eu digo: "Cê que sabe...". Para o "Pânico", eu tenho outra fórmula: "Você está me deixando em pânico!". Diante do riso geral, Marina concluiu: “Aí é possível que você consiga sobreviver..”.

Deserto de ideias
O ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, teve uma iluminação no deserto. Em uma visita ao Irã e à Jordânia, decidiu identificar os cientistas brasileiros de origem árabe. Para agradar aos novos parceiros do Itamaraty, expediu ofícios para universidades, cobrando a informação. Os pedidos espantaram a academia, que teme misturar conhecimento com etnia e religião. Ainda assim, foram atendidos. Resultado: são dezoito os pesquisadores de origem árabe. Uma pequena informação ao ministro Rezende: iranianos não são árabes.

O Clube dos Petroleiros
Duas dezenas de países constroem petroleiros. Há dez anos, o Brasil não constava da lista. Em abril, tornou-se o quarto maior fabricante do mundo, de acordo com a empresa britânica Clarksons. A posição foi alcançada com 49 encomendas feitas aos estaleiros nacionais. Em médio prazo, a indústria prevê fechar contratos para mais duas dezenas desses navios. Só a estatal Transpetro, presidida por Sergio Machado, planeja comprar dezenove. Galgar novas posições no ranking de construtores demandará um esforço ainda maior do país. A líder Coreia do Sul tem 650 barcos nos estaleiros. A China, segunda colocada, tem 460, e o Japão, 240.

Eike está com fome de minério
Há dois meses, o bilionário Eike Batista vendeu 21% da mineradora MMX para a chinesa Wisco. Firmou um contrato que o obriga a fornecer minério de ferro para seu sócio até 2030. Problema: ele pode não ter produto suficiente para cumprir o acerto. A empresa de Eike depende de duas minas em Minas Gerais. A produção da Bom Sucesso deve se esgotar em três ou quatro anos. A outra, chamada Serra Azul, tem minério suficiente, mas não pertence à MMX. Ela foi arrendada e deve ser devolvida em 2021. Por causa dessa situação, Batista passou a assediar a CSN, a Usiminas e a Ferrous, detentoras de boas jazidas. As três estão dispostas a fazer negócio, mas por preços muito superiores aos de mercado.

Em sigilo, Dilma cuida do visual
Todos buscam mudanças, inclusive para sair do visual tradicional. Com a candidata de Lula não foi diferente. Dilma Rousseff cumpriu uma agenda secreta. Ela se submeteu a um tratamento de correção da arcada. Os ajustes ainda não acabaram, mas as mudanças já são visíveis, com os dentes mais alinhados e o espaço entre os incisivos preenchido. A campanha de Dilma já fez pesquisas com o "antes" e o "depois" e constatou que o novo sorriso ajudou a minimizar certo ar de antipatia que ela projetava. Foi a terceira intervenção cosmética a que ela se submeteu desde que Lula a fez candidata. Primeiro, os óculos foram trocados por lentes de contato; depois, veio a cirurgia plástica. Lula, aliás, também deu uma ajeitada no visual em 2002: fez tratamento para ter um sorriso novo, emagreceu, passou a usar ternos Armani...

Brasil caminha para ser o terceiro mercado da Nestlé

Os executivos mundiais da Nestlé maior empresa de alimentos do mundo, querem fazer do Brasil o terceiro maior mercado da marca no planeta. A previsão é de que o país avance da quarta colocação, desbancando a Alemanha. Em 2009, o mercado brasileiro representou vendas de US$ 5,44 bilhões, contra US$ 5,46 bilhões na Alemanha. Se a taxa de crescimento for mantida como nos últimos cinco anos, a nova posição seria conquistada antes do fim de 2010. A liderança ainda é dos Estados Unidos, com mais de US$ 28,25 bilhões em vendas, seguido pela França, que marcou US$ 7,536 bilhões.

A fiscalização sobre a importação de vinhos
A redução do consumo na Europa e a antecipação de importações antes da entrada em vigor do novo selo fiscal de controle, em novembro, são dois dos fatores que levaram a um crescimento de 28% na importação de vinhos no Brasil. Os principais beneficiados foram os produtores italianos, que aumentaram suas exportações para os brasileiros em 58,57%. A alta nas importações de vinho português foi de 24,8%, quase similar à compra de vinhos espanhóis, que cresceu 22,32%. Já a de vinhos franceses aumentou 11, 76%. O novo selo fiscal de controle vai facilitar a fiscalização sobre a importação de vinhos. Hoje, às vezes, estão importando vinhos de péssima qualidade, que concorrem com o nacional sem as barreiras fiscais e sanitárias que deveriam acontecer.

A delícia do peixe tambaqui
Uma das espécies comerciais mais importantes e apreciadas da Amazônia central é o tambaqui. Um peixe de escamas, corpo largo, cor parda na metade superior e preta na metade inferior, mas pode variar para mais clara ou mais escura dependendo da cor da água. O tambaqui pode alcançar cerca de 90 cm de comprimento total. Antigamente eram capturados exemplares com até 45 kg. Hoje, por causa da sobrepesca, o peso médio é de 3 a 10 quilos. A pesca em rios está proibida. Só estão liberados os criados em cativeiros, gaiolas flutuantes ou em lagos. Rondônia exporta milhares de toneladas de tambaqui para Manaus. Todo restaurante que se preza deve ter tambaqui no cardápio. As receitas mais usadas são grelhado, com banana, assado no forno, recheado, ou filé com Azeite.

Grêmio lidera pesquisa no Sul
O Grêmio tropeça em campo, mas sua torcida não para de crescer, num fenômeno único no Brasil. Mesmo com poucos títulos – desde 2004, um da Série B em 2005 e dois títulos gaúchos (o de 2010 saiu após a pesquisa) –, o Grêmio tem conseguido fazer crescer sua torcida. O Internacional, ao contrário, na sua fase mais gloriosa, com a conquista da Libertadores e do Mundial em 2006, patina quando o assunto é torcida. O Grêmio, que tinha 43% da torcida gaúcha em 1998, oscilou para 43,4% em 2004 e deu grande salto até 2010, quando atingiu 52,1%, o único caso de time com maioria absoluta no seu estado. O Inter cresceu, mas muito menos. Sua sequência foi 34% (98), 33,2% (04) e 35,3% (2010). Em 12 anos, a diferença para o rival Grêmio passou de nove pontos percentuais para 16,8.

Propaganda política custa R$ 851 milhões ao governo
A propaganda eleitoral gratuita custará cerca de R$ 851 milhões aos cofres públicos. A conta se dá em forma de isenção tributária e é concedida pela Receita Federal às emissoras de rádio e televisão para compensá-las pelo tempo que deixam de vender espaço publicitário. Para chegar ao valor, leva-se em conta a renda que seria obtida pelos veículos dentro do período eleitoral (de 17/8 a 30/9). Mas a Receita permite a dedução de somente o equivalente a 80% do que esperariam ganhar se vendessem o horário dos blocos diários a anunciantes. Em 2006, quando houve a última campanha presidencial, o período eleitoral custou R$ 228,6 milhões à Receita. Em 2009, quando ainda nem tinha propaganda obrigatória, a isenção foi superior a R$ 669 milhões, por causa da publicidade partidária.

O poder milionário do campo O agronegócio quer mostrar na eleição de outubro o potencial de ser decisivo na escolha do futuro presidente da República. O setor que mobiliza cerca de 1,2 milhão de produtores rurais pretende usar suas cooperativas para doar até 2% do faturamento bruto para candidatos de todos os níveis — o movimento das cooperativas no geral, no ano passado, ficou em R$ 88 bilhões. A área agrícola representa 50% desse valor, ou seja, R$ 44 bilhões. Com isso, o total de doações pode chegar a R$ 880 milhões, mas o total ainda não está fechado porque depende da participação de cada produtor. Não é por menos que os pré-candidatos ao Palácio do Planalto Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) visitaram no intervalo de quatro dias as duas principais feiras de agropecuária do país: o Agrishow, em Ribeirão Preto (SP), e a Expozebu, em Uberaba (MG). E nos dois locais fizeram discursos para agradar aos ouvidos dos ruralistas, condenando as invasões dos sem-terra.

Aborto ilegal é a terceira causa de morte materna no Rio
O aborto clandestino,
segunda principal causa de internação de mulheres em idade fértil (10 a 49 anos), foi discutido em audiência pública na Assembleia Legislativa do RJ. Relatório apresentado na reunião mostrou que no estado, o problema é grave. Somente em 2008, o Rio somou 15.868 internações motivadas por abortagem insegura. O estudo mostra que os abortos realizados em condições insalubres ou por pessoas despreparadas são um problema grave da saúde pública do estado. Segundo ela, apesar do grande número de casos, parte dos profissionais da rede hospitalar não está preparada para atender às vítimas dos abortos de risco. A média anual supera os 15 mil casos. É um problema de saúde cotidiano, com influência direta no sistema de saúde, que não está apto a receber esse tipo de paciente. No Estado do Rio, o aborto é a terceira causa de mortalidade materna, atrás apenas de hipertensão arterial e hemorragias – disse. – E o pior: constatamos que as mulheres que procuram as emergências com problemas decorrentes do aborto inseguro são vítimas de preconceito.

Energia na gaveta
A confirmação, feita por relatório da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), de que nada menos de 182 usinas estão esquecidas no fundo de gavetas, sem previsão de retomada, é preocupante para um país que precisa gerar energia suficiente para assegurar uma retomada consistente da atividade econômica. Juntos, os projetos suspensos somam 10 mil megawatts (MW) de capacidade instalada, próxima da prevista para a polêmica Belo Monte, de 11.233 MW. Por isso, independentemente da ênfase a grandes projetos, como o previsto para o Pará, o país precisa dar continuidade às obras de menor porte, lutando contra entraves que vão dos jurídicos aos econômicos, concentrando-se particularmente nos de ordem ambiental. As vantagens são consideráveis, e não se resumem aos valores financeiros.

Deputado federal Renato Molling comemora adiamento de Portaria
O deputado federal Renato Molling comemorou o adiamento da vigência da Portaria 1510/2009, que define novas regras sobre o Registro de Ponto Eletrônico – REP, para o dia 1º de março de 2011, anunciado ontem pelo Ministério do Trabalho e Emprego, em virtude de haver risco de falta de equipamentos para atender à nova regulamentação. O parlamentar havia apresentado indicação sugerindo a prorrogação do prazo, a fim de que a matéria pudesse ser discutida com todos os segmentos envolvidos. Além disso, propôs a realização de audiência pública na Comissão de Desenvolvimento Indústria e Comércio, da Câmara dos Deputados para tratar do assunto. “Esta semana ainda mantive contato com a Secretaria de Inspeção do Trabalho, trabalhando pelo adiamento. Fico feliz com a conquista, pois assim teremos mais tempo para dialogar com o governo buscando uma solução definitiva para o ponto eletrônico”, conclui Renato Molling.
.
Vereador se preocupa com excesso de ruído perto do HBB
Lajeado Em requerimento o vereador Sérgio Kniphoff que seja oficiado o Executivo direcionado à Secretaria do Planejamento e ao Departamento de Trânsito. Deseja maior atenção com a sinalização indicativa da manutenção do silêncio nas proximidades do Hospital Bruno Born. “A cidade cresceu muito, o número de veículos per capita é um dos maiores do Estado e nosso hospital fica em área central, de grande movimento. Em função disso fica muito difícil se conseguir o silêncio tão necessário à recuperação das pessoas internadas e ao trabalho dos profissionais da saúde”, explica Kniphoff, que também é médico. O que ele está pedindo é que sejam ampliadas em número as placas existentes, bem como melhorada suas condições de visibilidade dessas. O vereador entende que o próprio trabalho dos fiscais fica prejudicado, enquanto a sinalização permanece deficiente. “Somente com a sua revisão eles terão condições de, em primeiro lugar, fazer um trabalho de conscientização, algo preventivo. Depois desta fase sim se aceita e precisa que apliquem de forma efetiva a legislação, coibindo abusos e garantindo o sossego na área hospitalar”, complementa Kniphoff.

Reflita:
A força não provém de uma capacidade física e sim de uma vontade indomável
(Gandhi)


*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*

Nenhum comentário:

Postar um comentário