Atualizado em 18 de março de 2015
Público pode fazer perguntas aos representantes da Brigada Militar, Polícia Civil e Executivo Municipal.
Na noite desta quarta-feira, dia 18, o Governo de Bom Retiro do Sul
promoveu uma audiência pública para tratar sobre a situação da segurança
no município. As constantes ocorrências policiais registradas nos
últimos meses fizeram com que o público comparecesse para ouvir o que as
autoridades policiais, e do município tinham a dizer a respeito de
melhorias no setor que tanto vem preocupando a sociedade local.
Representando a Brigada Militar, estiveram no encontro o Sargento
Rivelino Jaques Peixe, o Major Marcelo de Abreu Fernandes e a Capitã
Carmine Prescovit. O delegado Humberto Messa representou a Polícia
Civil, a Câmara de Vereadores se fez presenta na figura do presidente
Nilson Martins Lang. O prefeito em exercício Paulo André Eidelwein e o
prefeito Pedro Aelton Wermann que está de férias, também se fizeram
presentes. O Ministério Público e a Secretaria de Segurança do Estado
foram convidados, mas não compareceram.
Várias tentativas
O prefeito Paulo André Eidelwein iniciou o encontro ressaltando as
seis vezes que o Executivo buscou uma melhora no efetivo do policiamento
local. Segundo ele, foram seis encontros com as representações das
polícias Civil e Militar iniciados já em 2013. Com isso ele reforçou que
o Executivo vem fazendo sua parte, mas infelizmente não está sendo
atendido.
Comandante do CRPO_VT comprometeu-se em aumentar o efetivo e o número de ações de repressão aos crimes que vem ocorrendo na cidade. (Foto: Juliano Beppler da Silva) |
Auxílio Moradia e influência política
Durante sua fala o comandante do Comando Regional de Policiamento
Ostensivo (CRPO-VT) Tenente Coronel Cezar Augusto Pereira Silva destacou
os problemas que a BM enfrenta com a falta de nomeação de novos
policiais e com o corte de horas extras, que até então minimizavam a
falta de efetivo. Ele também frisou a importância de se ter influência
política neste momento para tentar melhorar a situação. O Tenente
Coronel ainda deu a sugestão de algo que acontece em alguns municípios,
onde a prefeitura subsidia com auxílio moradia para atrair policiais a
morar e trabalhar no local.
Mais policiais
Em sua manifestação o prefeito Pedro Aelton Wermann falou sobre a
situação de dois policiais militares que estão trabalhando em outras
cidades, e hoje poderiam estar em Bom Retiro do Sul reforçando a
segurança do município, e mais próximos de suas casas. Com isso o
município não precisaria ter que pagar auxílio moradia.
Conselho Municipal de Segurança
Werman também aproveitou para anunciar que será criado o Conselho
Municipal de Segurança composto pelos órgãos policias, Poderes Executivo
e Legislativo e ainda representações da sociedade.
Comprometimentos
O comandante do CRPO_VT se comprometeu em analisar a questão dos dois
policiais que estão em outras cidades e desejam trabalhar e Bom Retiro
do Sul. Além disso a BM também promete intensificar as ações que já
estão sendo realizadas com reforços do Pelotão de Operações Especiais
(POE) e do setor de inteligência da instituição policial, que já está
realizando monitoramento.
Por parte da Polícia Civil o delegado Messa que está interinamente
cobrindo as férias do delegado que responde por Bom Retiro do Sul,
promete levar as reivindicações a seus superiores para que os anseios
sejam atendidos.
Desabafos
Eidelwein aproveitou um questionamento para desabafar. O prefeito em
exercício disse que hoje o município já arca com responsabilidades que
seriam do Estado. Citou o transporte escolar e investimentos na saúde
que já saem dos cofres do município. Disse que se for o problema o
município paga auxílio moradia para resolver esta situação crítica da
segurança local, mas com isso, pode faltar para outras áreas como saúde e
educação, exemplificou.
Quem também desabafou foi o comandante do Batalhão local da BM. O
Sargento Jaques falou sobre algumas críticas que os policiais vêm
recebendo. A respeito de corpo mole, por parte de alguns policiais, ele
disse desconhecer e caso haja isso de fato, pediu para que as pessoas o
procurem. “Não admito esse tipo de coisa, vagabundo não trabalha comigo,
e o pior vagabundo é o que usa farda. Lugar de vagabundo é na cadeia”.
Ele também reforçou a necessidade de colaboração da sociedade com a
polícia, para que isso fortifique a imagem da instituição frente a
bandidagem.
Giro do Vale
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