Foto ilustrativa |
O anúncio do corte de
30% dos recursos da Secretaria da Saúde do Estado, feito pelo Secretário João
Gabbardo em reunião com a Diretoria da Federação das Santas Casas do Rio Grande
do Sul, com redução de R$ 103 milhões/mês para R$ 70 milhões, definitivamente
instala o caos na saúde pública gaúcha.
Como
se não bastasse a dívida existente de R$ 255 milhões, referentes a serviços
prestados em outubro e novembro de 2014, daqui pra frente a ordem da área
econômica do governo é para que as Santas Casas e Hospitais Filantrópicos,
Prefeituras e outros prestadores, se organizem para trabalharem com 30% menos
de recursos. Ora, se anteriormente já havia um déficit anual dos hospitais
filantrópicos superior a R$ 400 milhões na prestação de serviços ao SUS, que
vinham sendo amenizados com o co-financiamento Estadual, agora não tem milagre
que se possa fazer a não ser reduzir leitos, demitir trabalhadores, rescindir
contratos médicos, fechar agenda de atendimentos e, ao final, fechar hospitais.
E os pacientes? Quem vai assisti-los? Quem responderá pelas mortes inevitáveis
que acontecerão?
A
população usuária do Sistema Único de Saúde (7 milhões de gaúchos), precisa
urgentemente ser informada disso. Cabe ao Governo do Estado sincera e
transparentemente assumir para si esta responsabilidade e não imputar aos
prestadores de serviços o processo de desassistência já em andamento.
Inclusive, é imprescindível que o Governo do Estado indique nas milhares de
agendas assistenciais programadas sequencialmente quais os pacientes que
deverão ser excluídos do acesso ao serviços.
Já
suspenderam atendimentos e/ou estão na iminência de fazer, hospitais dos
municípios de Ijuí, Sobradinho, Candelária, Triunfo, Uruguaiana, Passo Fundo,
diversas instituições do Vale do Rio Pardo, bem como do Noroeste gaúcho, entre
outras. No dia 27 de fevereiro está programada uma assembleia geral para
debater definitivamente sobre suspensão geral dos atendimentos no Rio Grande do
Sul.
Antes
disso, ainda buscando evitar dano maior, as Santas Casas e os Hospitais
Filantrópicos querem falar com o Governador Sartori e o Secretário Giovani
Feltes. Vão cobrar coerência com o discurso de que a área da saúde não seria
afetada pelos cortes governamentais. Pretendem também, oferecer a ambas as
autoridades a primeira listagem de pacientes a serem excluídos do processo
assistencial.
Federação das Santas
Casas do RS
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