17 de abr. de 2013

Oficina de Saúde Mental é sinônimo de afeto e interação social aos participantes



Um espaço de cuidado, socialização e evolução. Assim, os participantes descrevem a Oficina terapêutica Inovando a Vida, que ocorre todas as terças-feiras, das 14 às 16h, na sala de reuniões da Secretaria Municipal da Saúde de Bom Retiro do Sul.
A oficina tem o objetivo de integrar pacientes, além de ser uma terapia de grupo aos pacientes com problemas mentais e psicológicos que dependem de tratamento e são encaminhados pela psicóloga do município. Atividades de artes manuais e cultivo da terra são desenvolvidas nos encontros.
As atividades da oficina contêm um potencial terapêutico, que pode provocar em seus participantes, a circulação da palavra, troca de afetos e de experiência de vida, possibilitando a expressão e a comunicação. Nela priorizam-se as potencialidades e a reinserção social dos usuários.
Participam do grupo que mantém a oficina as agentes de saúde, psicóloga, acompanhante terapêutica, oficineira e enfermeira. O projeto ainda conta com apoio da EmaterRS/Ascar que ajuda na manutenção de uma horta do grupo, que trabalha o cultivo da terra com parte de suas experiências, além de ser  uma atividade de trabalho integradora.
A oficineira Angélica Nascimento de Castro, conduz as atividades pedagógicas e de artes manuais que possibilitam o resgate dos conhecimentos dos usuários, sua aplicação no seu cotidiano, bem como permite a reconexão com suas histórias de vida. “O diferencial do projeto é que esta experiência é palpável e eficiente, aqui os participantes realmente tratam suas dificuldades, vivenciam outras experiências, contam histórias e problemas, além de dar risadas. Além disso, todos tem a opção do acompanhamento com a psicóloga, durante este espaço de tempo, o que os deixa mais seguros para participarem”, comenta a oficineira.
Uma das idealizadoras do Projeto, a acompanhante terapêutica, Carmem Regina de Oliveira, comemora a evolução de cada participante e a estrutura de apoio que é oferecida a cada um. “Apesar das atividades das oficinas estarem ainda restritas a um pequeno número de usuários, elas demonstram sua importância como tratamento na área de saúde mental. Com a oficina temos um tratamento substitutivo à abordagem tradicional, quando nossos pacientes eram internados e dependiam de muita medicação e tratamento psicoterápico individual. Agora, temos pacientes muito mais independentes e felizes, com novas possibilidades, momentos de criação, ação, desenvolvimentos, tomadas de decisões, novos relacionamentos, amizades e responsabilidade. É a ruptura do processo de "negatividade" em que a doença os colocou e a construção do processo de vida com saúde interior e com a capacidade de ter experiências culturais diversas”, finaliza.
Assessoria de imprensa
Foto: Grupo faz terapia baseada na socialização.

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