Um espaço de cuidado, socialização e
evolução. Assim, os participantes descrevem a Oficina terapêutica Inovando a
Vida, que ocorre todas as terças-feiras, das 14 às 16h, na sala de reuniões da
Secretaria Municipal da Saúde de Bom Retiro do Sul.
A oficina tem o objetivo de integrar
pacientes, além de ser uma terapia de grupo aos pacientes com problemas mentais
e psicológicos que dependem de tratamento e são encaminhados pela psicóloga do
município. Atividades de artes manuais e cultivo da terra são desenvolvidas nos
encontros.
As atividades da oficina contêm um
potencial terapêutico, que pode provocar em seus participantes, a circulação da
palavra, troca de afetos e de experiência de vida, possibilitando a expressão e
a comunicação. Nela priorizam-se as potencialidades e a reinserção social dos
usuários.
Participam do grupo que mantém a oficina
as agentes de saúde, psicóloga, acompanhante terapêutica, oficineira e enfermeira.
O projeto ainda conta com apoio da EmaterRS/Ascar que ajuda na manutenção de
uma horta do grupo, que trabalha o cultivo da terra com parte de suas
experiências, além de ser uma atividade
de trabalho integradora.
A oficineira Angélica Nascimento de
Castro, conduz as atividades pedagógicas e de artes manuais que possibilitam o
resgate dos conhecimentos dos usuários, sua aplicação no seu cotidiano, bem
como permite a reconexão com suas histórias de vida. “O diferencial do projeto
é que esta experiência é palpável e eficiente, aqui os participantes realmente
tratam suas dificuldades, vivenciam outras experiências, contam histórias e
problemas, além de dar risadas. Além disso, todos tem a opção do acompanhamento
com a psicóloga, durante este espaço de tempo, o que os deixa mais seguros para
participarem”, comenta a oficineira.
Uma das idealizadoras do Projeto, a
acompanhante terapêutica, Carmem Regina de Oliveira, comemora a evolução de
cada participante e a estrutura de apoio que é oferecida a cada um. “Apesar das
atividades das oficinas estarem ainda restritas a um pequeno número de usuários,
elas demonstram sua importância como tratamento na área de saúde mental. Com a
oficina temos um tratamento substitutivo à abordagem tradicional, quando nossos
pacientes eram internados e dependiam de muita medicação e tratamento
psicoterápico individual. Agora, temos pacientes muito mais independentes e
felizes, com novas possibilidades, momentos de criação, ação, desenvolvimentos,
tomadas de decisões, novos relacionamentos, amizades e responsabilidade. É a
ruptura do processo de "negatividade" em que a doença os colocou e a
construção do processo de vida com saúde interior e com a capacidade de ter experiências
culturais diversas”, finaliza.
Assessoria de
imprensa
Foto:
Grupo faz terapia baseada na socialização.
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