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Manobrar com vagas de
deputados federais para que o segundo suplente, José Genoino, assuma como
Congressista e assim possa usar a imunidade parlamentar para criar ainda mais
dificuldades a que a justiça possa cumprir o inevitável mandato de prisão de
condenado é por si só um comportamento extremamente questionável. Em culturas
políticas em que a vergonha na cara é muito importante para o exercício da vida
pública o condenado se retiraria, em um exílio político, para não comprometer
seus correligionários e para não desgastar a instituição parlamento. Mas o que
vemos é justamente o contrário, vemos a total falta de vergonha na cara. O que
podemos pensar dos que estão manobrando para que o segundo suplente assuma uma
vaga como membro do Congresso Nacional? Conluio? Manobra de quadrilha?
Obstrução da justiça premeditada, planejada e posta em prática por um grupo de
mafiosos infiltrados nos poderes? E a validade da lei da Ficha Limpa como fica?
O conjunto de absurdos é tão grande na tentativa de blindar José Genoino que a
única certeza que fica é, este grupo político não tem limites éticos e
compromete a imagem do Congresso com esta manobra que tenta safar um condenado
da prisão. Segue a reportagem do G1 sobre o caso de José Genoino (Onyx Lorenzoni).
Genoino
vai assumir vaga na Câmara dos Deputados, diz advogado
O advogado de José
Genoino no processo do mensalão, Luiz Fernando Pacheco, disse nesta
quinta-feira (27) que o ex-presidente do PT vai assumir a vaga de deputado
federal em 2013. O deputado federal Carlinhos Almeida (PT-SP) protocolou nesta
quinta-feira na Câmara pedido de renúncia do mandato a partir do dia 1º de
janeiro. Com a saída, fica aberto espaço para que Genoino, condenado no
processo do mensalão e que é suplente da coligação, assuma mandato na Casa. “Ele
tomará posse no primeiro dia útil em que isso for possível”, afirmou
Pacheco. De acordo com o advogado, não
há dúvida nenhuma de que Genoíno tem direito à vaga. “Não há dúvida alguma. A
lei e a Constituição exigem que ele tome posse porque ele é o primeiro da lista
de suplentes, foi eleito pelo voto popular, ele é réu primário e a decisão do
STF não tem caráter definitivo. Ele tem obrigação de tomar posse”, afirmou. Almeida
deixará o cargo porque foi eleito prefeito de São José dos Camposx (SP). Em seu
lugar, deverá ser efetivado como deputado Vanderlei Siraque (PT-SP), o primeiro
suplente da coligação. Genoino, segundo suplente, entra na vaga de Aldo Rebelo
(PC do B-SP), que se licenciou do mandato de deputado no ano passado para ser
ministro do Esporte.
Genoino foi condenado
no processo do mensalão a 6 anos e
11 meses de prisão, para cumprimento em regime semiaberto (em que o condenado
apenas dorme na prisão ou se apresenta regularmente à Justiça). No julgamento,
o Supremo Tribunal Federal também decidiu que os deputados condenados perderão
o mandato, o que deve afetar Genoino. O advogado acredita que a decisão do
Supremo pode mudar em favor de Genoino. “Essa decisão do Supremo poderá mudar
talvez para absolvê-lo. Temos todo um trâmite jurídico para percorrer.
Nós vamos lutar até o fim para que essa decisão seja revertida”, afirmou. Genoino
e outros três deputados condenados, no entanto, poderão exercer o cargo
parlamentar mesmo condenados, enquanto recorrem da decisão do STF em liberdade.
Isso porque a perda do mandato só deverá ocorrer após o chamado “trânsito em
julgado”, quando se esgotam as possibilidades de recurso. O procurador-geral da
República, Roberto Gurgel, prevê que isso só ocorrerá em 2014. No STF,
ministros avaliam que podem terminar de julgar os recursos antes.
Supremo pode mudar em favor de Genoino. “Essa decisão do Supremo poderá mudar
talvez para absolvê-lo. Temos todo um trâmite jurídico para percorrer.
Nós vamos lutar até o fim para que essa decisão seja revertida”, afirmou. Genoino
e outros três deputados condenados, no entanto, poderão exercer o cargo
parlamentar mesmo condenados, enquanto recorrem da decisão do STF em liberdade.
Isso porque a perda do mandato só deverá ocorrer após o chamado “trânsito em
julgado”, quando se esgotam as possibilidades de recurso. O procurador-geral da
República, Roberto Gurgel, prevê que isso só ocorrerá em 2014. No STF,
ministros avaliam que podem terminar de julgar os recursos antes.
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