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Cerca de 60 policias do
Batalhão Operações Especiais (BOE)
da Brigada Militar entraram na tarde desta segunda-feira (31) na região de mata
de Cotiporã, na Serra do Rio Grande do Sul, em busca dos assaltantes que
explodiram uma fábrica de joias na cidade e fizeram nove reféns durante mais de
20 horas no domingo (30). Os policiais acreditam que pelo menos dois dos
foragidos ainda estão escondidos na região. Até às 17h, o grupo seguia fazendo
buscas, mas sem encontrar os suspeitos. "O pelotão do BOE está fazendo uma
varredura no terreno da mata, partiram da base em direção ao pico. É um
trabalho de rescaldo para extinguir a possibilidade de que os indivíduos
estejam no local. Acreditamos que pelo menos dois permaneçam escondidos na região",
disse ao G1 o Capitão Reni Zdruikoski.
Cerca de 100 agentes
trabalham na operação. A polícia mantém a região congelada, com bases fixas de
operação e efetivo em viaturas fazendo rondas pela cidade. Barreiras também
foram montadas nas estradas da região e helicópteros auxiliam na procura dos
criminosos na mata. A operação começou na madrugada de domingo (30) depois que
o grupo de pelo menos 10 homens invadiu a fábrica de joias e usou explosivos
para abrir os cofres. Durante a fuga, três foram mortos pela Brigada Militar, incluindo Elisandro Falcão, líder da
quadrilha e foragido número 1 do estado. O grupo fez sete pessoas de uma mesma
família como reféns, além de mais duas mulheres. Os reféns relataram que foram
mantidos na mata por dois assaltantes. Eles foram encontrados sem ferimentos no
fim da noite de domingo, por volta das 23h30. Seis viaturas com reféns e policiais
trouxeram os resgatados e foram aplaudidas pelos moradores do município de
cerca de 4 mil habitantes.
O Centro de Tradições
Gaúchas (CTG) Pousada dos Carreiteiros foi preparado para receber os reféns em
Cotiporã. Duas ambulâncias foram levadas ao local. Os reféns desceram das
viaturas caminhando. "Agora eles vão se alimentar e rever os
familiares", afirmou o capitão Juliano Amaral. Entre os reféns
desaparecidos, havia duas jovens, de 21 e 23 anos, que estavam no bar em frente
ao local do assalto e foram rendidas pelo grupo e levadas em um Astra ainda
durante a madrugada. O veículo foi encontrado mais tarde pela polícia, na casa
onde morava a família Buratti, de agricultores, que também foi feita refém -
mais sete pessoas foram levadas. Na família, havia uma menina de 11 anos. Ao
todo, eram seis mulheres, uma criança e dois homens. O número de reféns poderia
ser maior se o tiroteio entre a polícia e os assaltantes não tivesse ocorrido.
Ainda muito assustado, um dos reféns que foi liberado após a morte de três
assaltantes relatou ao G1 os momentos de tensão vividos por volta das 2h. O
homem, que pediu para não ser identificado, estava em um bar em frente à
fábrica assaltada. "Eles pegaram os reféns e botaram atrás de uma
caminhonete (Fiat Strada roubado pelos assaltantes). A dona do carro saiu
dirigindo. Colocaram a caminhonete no meio dos dois veículos deles e saíram em
direção a Bento Gonçalves, em fuga. Aí encontraram a barreira da polícia. Todo
mundo ficou apavorado, eu não sabia o
que fazer. Ficamos no meio dos tiros", conta o refém. "Achei que
ia morrer, não tinha como se proteger." Durante o tiroteio três criminosos
morreram e dois policiais militares foram baleados. "Depois que morreram
os três assaltantes, ficou um que começou a negociar com a polícia. Ele foi
embora depois de um tempo e deixou os reféns", detalha.
G1
Rio Grande do Sul
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