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Dia do seu aniversário.
O porteiro interfona dizendo que chegou uma encomenda. Você desce e... Minha
nossa! É uma caixa enorme. Ela vem com um bilhete: "Parabéns! Você acaba
de ganhar uma impressora
de dinheiro. Aproveite :) Assinado: Banco
Central". O que você faria? Provavelmente o mesmo que qualquer pessoa
sensata: fabricaria notas como se o mundo fosse acabar amanhã. Essa situação
não é exatamente absurda. No mundo real, existem donos de impressoras de
dinheiro. São os
governantes de cada país. E, ao longo da história, vários
deles tiveram ataques de "sensatez": fabricaram toneladas de notas e
gastaram como se o mundo fosse acabar amanhã - fosse para pagar dívidas do
Estado, fosse para fomentar o consumo (mais dinheiro saindo das impressoras =
mais crédito fácil). Bom, a quantidade possível de dinheiro de papel pode até
ser infinita. Mas tem uma coisa que não dura: a capacidade que as pessoas têm
de produzir coisas que você pode comprar com o dinheiro. É fácil dobrar a
quantidade de notas do dia para a noite. Difícil é produzir duas vezes mais
carros, aviões e pastéis da noite para o dia. Não dá. E se tem o dobro de
dinheiro para comprar o mesmo número de coisas, os preços sobem. Inflação.
governantes de cada país. E, ao longo da história, vários
deles tiveram ataques de "sensatez": fabricaram toneladas de notas e
gastaram como se o mundo fosse acabar amanhã - fosse para pagar dívidas do
Estado, fosse para fomentar o consumo (mais dinheiro saindo das impressoras =
mais crédito fácil). Bom, a quantidade possível de dinheiro de papel pode até
ser infinita. Mas tem uma coisa que não dura: a capacidade que as pessoas têm
de produzir coisas que você pode comprar com o dinheiro. É fácil dobrar a
quantidade de notas do dia para a noite. Difícil é produzir duas vezes mais
carros, aviões e pastéis da noite para o dia. Não dá. E se tem o dobro de
dinheiro para comprar o mesmo número de coisas, os preços sobem. Inflação.
Mesmo assim, a tendência
frente as impressoras de grana é sempre o abuso. Então os próprios governos, ao
longo da história recente, criaram métodos para frear a tentação de criar
dinheiro demais. Leis anti-inflação, digamos assim. A mais célebre foi o
padrão-ouro. Em 1816, o Parlamento britânico decidiu que deixar o governo
imprimir dinheiro à vontade era amarrar cachorro com linguiça. A inflação
estava crescendo. Era hora de dar um fim à palhaçada. Pronto: ficou fixado que
uma libra valia 7,3 gramas de ouro. Se o governo quisesse imprimir um mihão de
libras a mais, teria de arranjar 7,3 toneladas extras de ouro para deixar em
seus cofres como lastro.
A Inglaterra era o país
mais rico do mundo, então a moda foi pegando. Qualquer nação que adotasse o
padrão-ouro teria automaticamente a mesma moeda dos ingleses. Desse jeito daria
para estreitar os laços comerciais com eles, coisa que naquela época era
fundamental para qualquer país. Tanto que, no final do século 19, EUA,
Alemanha, França, Holanda, Bélgica, Suíça, Suécia, Noruega e Finlândia já
tinham adotado o padrão. A Alemanha continuava com seus marcos, a França, com
seus francos, mas agora cada um desses dinheiros tinha seu valor fixado em
ouro. Era como se todos operassem sob uma moeda única.
Na
íntegra leia Superinteressante novembro/2012
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