Cientistas da Universidade Nacional Autônoma do México (Unam) afirmam ter encontrado
novas espécies de animais em um santuário ao norte do Peru. Foram identificados um macaco de hábitos noturnos, um novo
marsupial, várias espécies de roedores e um porco-espinho, além de três
espécies de anfíbios. Apenas os anfíbios já foram descritos cientificamente. A
região onde os animais foram encontrados fica próxima à fronteira com o
Equador, dentro do Santuário Nacional Tabaconas-Namballe, segundo relato do
pesquisador Gerardo Ceballos González, do Instituto de Ecologia da Unam,
publicado no site da universidade. O "diário de bordo" de González
relata terem sido encontradas oito novas espécies de mamíferos, além de três
anfíbios. "Esta é uma das mais importantes descobertas da biodiversidade
dos últimos anos, porque todas as espécies foram encontradas em uma área muito
pequena", disse o cientista ao site da Unam. Espécies
similares ao primata descoberto no Peru recebem o nome popular, no Brasil, de
macaco-da-noite. Ao menos duas espécies - o macaco-da-noite andino e o
colombiano - são classificadas como vulneráveis na Lista Vermelha da União Internacional
para a Conservação da Natureza (IUCN). A expedição foi realizada entre 2009 e
2011, mas só agora o resultado foi divulgado, de acordo com González. A espécie
de porco-espinho chama a atenção por
seu grande tamanho e por possuir longos espinhos negros nas pontas, aponta o
cientista. O pesquisa
dor indica que outro animal encontrado pode representar o
espécime de raposa cinzenta mais ao sul já registrado nas Américas. "É
provável que seja uma nova espécie", disse González ao site da Unam. O
pesquisador indica que os cientistas tiveram que seguir 18 horas por estradas
no Peru desde áreas de selva até os Andes, além de andar duas horas a pé, antes
de chegar ao santuário. O parque mede 32 mil hectares e fica em uma região de
grande altitude, com trechos entre 1,8 mil e 3,2 mil metros acima do nível do
mar, diz o cientista. González ressaltou, em seu relato, que a expedição foi
acompanhada por pesquisadores peruanos. O santuário, aponta ele, exige atenção
especial de ONGs e entidades que atuam contra a extinção de animais pelo
planeta, "já que há várias espécies que parecem ser encontradas apenas
ali".
Fonte: G1 Natureza
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