A Argentina começou a liberar a entrada de calçados brasileiros no país. A medida anima os trabalhadores do setor, mas ainda é vista com desconfiança pelos empresários do Vale do Sinos, no RS. O prazo médio para o governo argentino liberar a importação de calçados brasileiros desde o início do ano foi de 225 dias. São 165 dias a mais do que o tempo máximo estabelecido pela Organização Mundial do Comércio (OMC). Entre 30 de junho
e 6 de julho, foi permitida a entrada de 686 mil pares que aguardavam autorização para o ingresso no país vizinho desde janeiro. Outros 860 mil pares estão na fronteira à espera de liberação para entrar na Argentina. São quase US$ 20 milhões em mercadorias. A continuidade desse processo é algo que preocupa os empresários do setor no Brasil. “Ainda não dá para comemorar. Outras vezes, no passado, não teve continuidade. A gente tem medo que haja um retrocesso”, diz o diretor executivo da Abicalçados, Heitor Klein. Algumas empresas adotaram medidas para driblar as barreiras comerciais. Uma empresa de Ivoti, no Vale do Sinos, suspendeu a exportação de sapatos prontos. Os pares estão sendo montados na Argentina, para tornar as licenças mais rápidas. O problema é que assim, o custo nas lojas de lá sobe em cerca de até US$ 20 por calçado. “Em função do aumento dos custos de embarque e da eficiência deles na montagem, que é infinitamente menor do que a nossa", explica o diretor da empresa, Eduardo Smaniotto. De janeiro a junho deste ano, as exportação para a Argentina caíram 37% em relação ao primeiro semestre de 2012. Mas o representante da Federação dos Trabalhadores Da Indústria dos Calçados tem esperança que as exportações se normalizem e a produção aumente no segundo semestre. “Eu acho até que vai faltar mão de obra”, diz João Pires, otimista.
G1 Rio Grande do Sul
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