7 de jul. de 2012

Operação Condor é discutida por jornalistas estrangeiros e parlamentares em seminário

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Operação Condor tinha 5 países da América do Sul como membros e tinha como objetivo eliminar líderes da esquerda nestes países

No momento em que amadurece no Brasil a discussão necessária para o resgate da verdade e da memória dos tempos do regime militar, a Comissão Parlamentar Memória, Verdade e Justiça, da Câmara dos Deputados, em conjunto com a Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, a Fundação João Mangabeira e o Movimento de Justiça e Direitos Humanos, promovem o Seminário Internacional sobre a Operação Condor. O evento aconteceu nessa quinta e sexta-feira, no Auditório Nereu Ramos da Câmara dos Deputados em Brasília, Distrito Federal. Surgida em 1960, a Operação Condor foi uma aliança político-militar entre os regimes ditatoriais de cinco países da América do Sul: Argentina, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai e tinha como objetivo coordenar a repressão aos opositores dessas ditaduras e eliminar líderes de esquerda que militavam nos cinco países. No evento, especialistas no tema e autoridades legislativas trouxeram ao Parlamento Brasileiro informações para que se compreenda o papel da Operação Condor nas ditaduras que atingiram a América do Sul na segunda metade do Século XX.

O seminário contou com a presença de jornalistas, parlamentares e pesquisadores dos cinco países e dos Estados Unidos. Além do ex-militante contra a ditadura no Uruguai e atual deputado pelo partido Victoria del Pueblo (PVP), Luiz Puig Cardozo; o juiz federal argentino e autor de obras sobre a Operação Condor, Daniel Rafecas; a jornalista chilena Mónica González, fundadora e diretora da fundação Centro de Investigación Periodística, entre outras personalidades. No portal da Câmara dos Deputados, Luiza Erundina, presidente da Comissão Parlamentar Memória, Verdade e Justiça e deputada (PSB-SP) afirma: “é escasso o conhecimento sobre a Operação Condor. Os governos desses cinco países devem uma posição pública de perdão sobre essa operação. Quem sabe essa iniciativa, de trazer especialistas desses países, possa fazer avançar a justiça de transição”. Ela espera que a pressão da sociedade civil torne possível a revisão a Lei da Anistia (6.683/79) para punir os agentes do regime militar que torturaram presos políticos.

Correio do Brasil

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