16 de jul. de 2011

Operação do Planalto funciona e diretor do Dnit poupa governo

==============================
Post p/ Chimarrão, em 16/07/2011
=====================

Em depoimento no Senado, o diretor afastado do Dnit, Luiz Antonio Pagot, deixou de lado as ameaças feitas nos bastidores e evitou envolver outros ministros no escândalo de corrupção no Ministério dos Transportes, controlado pelo PR. O tom do depoimento frustrou a oposição e foi comemorado pelo governo, que montou uma estratégia bem-sucedida para acalmá-lo. Apesar de poupar os aliados, Pagot mandou recado de que não quer ser responsabilizado pelo escândalo. Disse que todas as decisões do Dnit eram colegiadas e "corroboradas" inclusive pelo novo ministro Paulo Sérgio Passos, a quem citou ao menos cinco vezes.

Nos últimos dias, o Palácio do Planalto recrutou parlamentares e técnicos para convencê-lo a não verbalizar em público as ameaças que fazia nos bastidores. Pagot havia procurado congressistas do PR para avisar ao governo que não aceitaria ser abandonado. A Folha apurou que, sem apresentar provas, ele ameaçou implicar dois ministros petistas em supostos pedidos para liberar obras: Paulo Bernardo (Comunicações), que comandou o Planejamento na gestão Lula, e sua mulher Gleisi Hoffmann (Casa Civil). Mas em depoimento negou ter feito a ameaça. "Não tem uma palavra dita por mim sobre o Paulo Bernardo", disse. Ao defender o petista, ele criticou a publicação de informações em "off" (sem identificar o autor) na imprensa e disse ter sido alvo de "invencionices e factoides". "Não tem uma palavra dita sobre o Paulo Bernardo. (...) A imprensa é prodígio na formação dessas enunciados" (Folha SP).

############################

Nenhum comentário:

Postar um comentário