Post p/ Gilmar da Silva, em 22/11/2010
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centro dos debates entre especialistas do setor aéreo e autoridades governamentais em evento de turismo. Durante o Festival de Turismo de Gramado no final de semana, especialistas disseram não acreditar que o governo poderá dar conta de todas as demandas dentro dos aeroportos brasileiros - que vão desde falta de organização nos terminais até a necessidade de ampliações de pistas - até a Copa do Mundo de 2014. “Os problemas dos aeroportos brasileiros vieram à tona quando milhões de pessoas passaram a ascender à classe C e usufruírem destas estruturas, na última década. Em 1990, 15 milhões de passageiros haviam embarcado para viagens domésticas. Em 2009, este número chegou a 60 milhões, uma aceleração de 17% sobre o ano passado, e deve chegar a 70 milhões neste ano. Alguns aeroportos que são considerados gargalos correm maiores riscos de entrarem em colapso durante o evento. Guarulhos hoje transporta 23 milhões de pessoas por ano, o que significa 25%
além de sua capacidade. Durante a Copa, a previsão é que este número chegue a 29 milhões. Situação semelhante se encontra o aeroporto de Congonhas, cuja capacidade está ultrapassada em 22% e igualmente não recebe melhorias. Um agravante é a falta de estrutura rodoviária e ferroviária. A necessidade de reformas, no entender de Respício Espírito Santo Júnior, presidente do Instituto Brasileiro de Estudos Estratégicos e de Políticas Públicas em Transporte Aéreo, começa nos níveis de serviços nos aeroportos. “Os banheiros dos aeroportos do Brasil são péssimos, não há estacionamento para receber grande número de passageiros, a sinalização interna é muito fraca e temos filas intermináveis nos balcões de check-in”, apontou. As qualificações que recomenda passam por implementação de novas tecnologia nos pontos de contato com os clientes, como baggage holding e sistemas de biometria no controle de check-in e imigração. “Temos que exigir essas melhorias não apenas para a Copa, mas para o uso dos brasileiros”.
Para Infraero, desafio é fazer planos se tornarem realidade
As autoridades de aviação do governo federal concordam que
há muito a ser feito nos aeroportos, mas afirmam que estão agindo, e as obras só não andam mais rápido por que existe dificuldade de transformar o planejamento em obras. Durante o Festival de Gramado, o superintendente do Aeroporto Internacional Salgado Filho, Jorge Herdina, da Infraero, afirmou que em Porto Alegre vêm sendo adotadas medidas para solucionar as questões do dia a dia, como a segurança e os congestionamentos na entrada do terminal. Mencionou a renovação dos sistemas internos de segurança, o aumento dos balcões de check-in, que mais do que dobraram, e a presença de fiscais de trânsito no local. No entanto, aponta dificuldades para colocar em prática reformas estruturais e de grande porte devido à burocracia e a opiniões divergentes entre especialistas. “Planejamento tem, o difícil é a execução. É preciso constante desenvolvimento e mobilização política para que as melhorias sejam executadas”, disse. Herdina ressaltou a reabertura prevista do Terminal 2 do Salgado Filho, que terá capacidade para receber até 1,5 milhão de pass
ageiros por ano - um aumento de 15% sobre a atual capacidade, e a adição de dois novos canais de inspeção, que ampliará a capacidade de entrada e saída de clientes no aeroporto. Ele disse que agora todas as esferas estão falando a mesma língua, por isso as obras vão sair. Também chamou a atenção para a licitação já aberta para ampliar a logística de cargas, em que serão investidos R$ 93 milhões. Por fim, anunciou que está marcada uma audiência com moradores ao redor do Aeroporto para tratar da desapropriação de suas casas, com vistas à ampliação da pista.
Anac teme crise aérea e convoca reunião urgente
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) convocou uma reunião, em regime de urgência, com os presidentes das principais companhias aéreas, além de representantes da Empres
a Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), Polícia Federal, Receita Federal e Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea). A agência está preocupada com o risco de problemas nos aeroportos em dezembro, durante as festas de fim de ano. O risco vem da combinação de três fatores: a afluência em massa de passageiros estreantes; a venda de passagens além da capacidade das companhias, e o despreparo dos aeroportos em receber usuários que desconhecem os procedimentos de embarque. A prática de venda de passagens para voos extras ainda não autorizados está preocupando a diretoria da Anac (Jornal do Comércio).
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