Postado por Gilmar da Silva, em 04/10/2010
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No Rio Grande do Norte, a prefeita de Natal, Micarla de Sousa (PV), é filha de um ex-senador. A ex-governadora Wilma de Faria (PSB, candidata ao Senado) vem de tradicional família de políticos do Estado. "O fato de meu pai ter sido político certamente pesou, porque desde criança aprendemos sobre a importância da participação política", diz Micarla. Para a prefeita de Ribeirão Preto (SP), Dárcy Vera (DEM), as dificuldades começam logo na campanha e se intensificam depois. "Existe uma dificuldade para, por exemplo, entrar em um estabelecimento comercial e pedir um voto. Você não tem liberdade de chegar sem ouvir uma brincadeirinha", afirma. Vânia Pacheco, gerente da pesquisa do IBGE, explica que a representação política praticamente não avançou nos últimos anos e que as mulheres no primeiro escalão estão, na maior parte das vezes, em áreas tipicamente femininas, como educação e assistência social. Há, porém, um fato positivo: como prefeitas, elas promovem mais políticas de igualdade de gênero, diz Luana Pinheiro. Segundo o IBGE, entretanto, poucas eram as cidades que dispunham de instrumentos para a política de promoção das mulheres. Em 2009, só 7,1% dispunham de delegacias especializadas para seu atendimento e 10% possuíam defensoria pública exclusiva para mulheres.
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