3 de out. de 2010

97% das cidades têm mulher no 1º escalão

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Postado por Gilmar da Silva, em 04/10/2010
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As mulheres estão presentes em cargos de primeiro escalão em quase todas as cidades do país, embora as prefeitas sejam apenas 9,2% do total. Os dados, de 2009, constam da Munic (Pesquisa de Informações Básicas Municipais), divulgada ontem pelo IBGE. O levantamento mostra que 96,7% das cidades possuíam no ano passado mulheres na chefia de unidades administrativas - o equivalente ao cargo de secretário municipal. Das 512 prefeitas, mais da metade (51,2%) comandava cidades nordestinas. Na região, a cultura política familiar é uma tradição secular e os "clãs", muito fortes, introduzem suas mulheres na vida pública. "Muitas vezes as mulheres tomam contato com a política e se interessam por ela por causa das famílias", diz Luana Pinheiro, gerente de Projetos da Secretaria Especial de Políticas para Mulheres.

No Rio Grande do Norte, a prefeita de Natal, Micarla de Sousa (PV), é filha de um ex-senador. A ex-governadora Wilma de Faria (PSB, candidata ao Senado) vem de tradicional família de políticos do Estado. "O fato de meu pai ter sido político certamente pesou, porque desde criança aprendemos sobre a importância da participação política", diz Micarla. Para a prefeita de Ribeirão Preto (SP), Dárcy Vera (DEM), as dificuldades começam logo na campanha e se intensificam depois. "Existe uma dificuldade para, por exemplo, entrar em um estabelecimento comercial e pedir um voto. Você não tem liberdade de chegar sem ouvir uma brincadeirinha", afirma. Vânia Pacheco, gerente da pesquisa do IBGE, explica que a representação política praticamente não avançou nos últimos anos e que as mulheres no primeiro escalão estão, na maior parte das vezes, em áreas tipicamente femininas, como educação e assistência social. Há, porém, um fato positivo: como prefeitas, elas promovem mais políticas de igualdade de gênero, diz Luana Pinheiro. Segundo o IBGE, entretanto, poucas eram as cidades que dispunham de instrumentos para a política de promoção das mulheres. Em 2009, só 7,1% dispunham de delegacias especializadas para seu atendimento e 10% possuíam defensoria pública exclusiva para mulheres.

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