22 de set. de 2010

Banco do Vaticano é investigado por lavagem de dinheiro

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Postado por Gilmar da Silva, em 22/09/2010
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O diretor do Banco do Vaticano, Ettore Gotti Tedeschi, está sob investigação como parte de uma suspeita de lavagem de dinheiro, disseram fontes policiais nesta terça-feira em Roma. O banco, conhecido oficialmente como Instituto para as Obras de Religião gerencia as contas de membros da Igreja Católica Romana. Tedeschi e outro alto funcionário do IOR começaram a ser investigados depois que duas transações suspeitas foram relatadas para a polícia. O gabinete de Tedeschi afirmou nada ter a comentar sobre o assunto, enquanto o Vaticano disse estar "perplexo" com as denúncias. A polícia italiana confiscou preventivamente 23 milhões de euros (mais de R$ 52 milhões) das contas do banco com outra instituição. O dinheiro foi confiscado sob ordem da juíza Maria Teresa Covatta, a partir de uma solicitação do procurador-adjunto Nello Rossi e do procurador-substituto Stefano Rocco Fava.

A ação penal teve como base dados da Unidade de Informação Financeira (UIF), ligada ao Banco da Itália (banco central do país), que já havia disposto, em 15 de setembro, a suspensão por cinco dias de duas operações consideradas suspeitas do IOR em sua conta na sede romana do banco Credito Artigiano. O Banco do Vaticano envolveu-se pela última vez em um grande escândalo em 1982, quando seu arcebispo-governador foi indiciado pelo envolvimento na falência fraudulenta do Banco Ambrosiano, então o maior banco privado da Itália. Embora ele nunca tenha sido preso, o desfecho do escândalo tornou-se sombrio quando dois de seus principais executivos, incluindo seu presidente, Roberto Calvi, foram assassinados. Calvi, conhecido como Banqueiro de Deus por causa de seus vínculos próximos com o Vaticano, foi encontrado enforcado na Ponte Blackfriars, em Londres.

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