O Ministério da Saúde
informou nesta quinta-feira (1º) que 1.753 médicos com diplomas de
universidades brasileiras foram selecionados para trabalhar em 626 municípios,
na primeira rodada do processo seletivo do programa Mais Médicos. Do total,
51,3% devem atuar em cidades do interior e 48,6% nas periferias de capitais e
nas regiões metropolitanas.
O número é baixo em
comparação com a demanda por médicos nos municípios inscritos no programa. De
acordo com o ministério, as 3.511 cidades cadastradas na primeira rodada do
Mais Médicos pediram 15.460 profissionais. O resultado deve preencher só 11% do
total de postos estipulados, deixando 13.707 deles ociosos.
A previsão do
ministério é fazer novas rodadas de seleção ao longo do ano. "Estamos
muito satisfeitos com esses profissionais que demonstraram interesse de atuar
nas regiões mais carentes do Brasil, mas sabemos que ainda temos uma grande
demanda para atender", disse o ministro Alexandre Padilha, em nota
oficial. "Nesta primeira seleção, focada nos brasileiros, ainda ficamos
com um déficit”, afirmou Padilha.
Os médicos com registro
válido no Brasil têm até este sábado (3), às 16h, para homologar a participação
no programa e assinar um termo de compromisso confirmando o interesse no
município indicado.
A lista final com
médicos e municípios que participarão da primeira etapa do Mais Médicos vai ser
divulgada pelo Ministério da Saúde na segunda-feira (5). O número de
escolhidos, portanto, ainda pode mudar.
As novas rodadas de
inscrição devem ocorrer com intervalos de 45 dias, de acordo com informações
divulgadas anteriormente pelo Ministério da Saúde.
Estrangeiros
Da próxima terça-feira
(6) até o dia 8 de agosto, médicos formados no exterior que finalizaram o
cadastro no Mais Médicos vão poder escolher municípios com vagas que não foram
ocupadas pelos brasileiros.
A lista das cidades que
vão receber os estrangeiros deve ser divulgada no dia 9 de agosto, afirma o
ministério. Já a próxima chamada de médicos e de municípios começa no dia 15 de
agosto.
Os médicos
selecionados, tanto brasileiros quanto estrangeiros, devem começar a trabalhar
no Mais Médicos em setembro. Todos os estrangeiros serão avaliados e
supervisionados por universidades federais, de acordo com a pasta.
Globo.com/Saúde
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