O advogado Arles
Gonçalves Júnior, presidente da comissão de segurança da Ordem dos Advogados do
Brasil de São Paulo (OAB-SP), disse no início da noite desta sexta-feira (16)
que o garoto Marcelo Pesseghini, suspeito de matar os pais, a avó e a tia-avó e
depois se suicidar, foi “influenciado” por jogar muito videogame e que o caso é
“um divisor de águas” na crônica policial. O advogado tem acompanhado as
investigações por parte do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa
(DHPP) e garantiu que estão sendo feitas de forma “correta, transparente,
serena e legal”. O que nos parece é que ele acabou, em função de jogar
videogame muito, sendo influenciado pelo
próprio videogame".
Entre a noite do dia 4
e madrugada de 5 de agosto, Marcelo Pesseghini, de 13 anos, teria matado os
pais, o sargento da Rota Luís Pesseghini e a cabo da PM Andréia Regina Bovo
Pesseghini, a avó, e a tia-avó. A investigação aponta que, depois, Marcelo foi
para a escola com o carro da mãe de madrugada, assistiu às aulas pela manhã,
retornou de carona para a residência da família na Brasilândia, e se matou.
Arles Júnior disse que
acompanhou os depoimentos de 16 pessoas das 31 chamadas até agora pela Polícia
Civil para poder traçar o perfil da família de policiais militares. “Tudo está
sendo feito com seriedade e transparência. Não existe tramoia nenhuma feita por
ninguém. Tudo o que foi colhido realmente indica que foi o menino. Não há
possibilidade que seja uma terceira pessoa, que o menino tenha sido induzido
por terceiros. O que nos parece é que ele acabou, em função de jogar videogame
muito, sendo influenciado pelo próprio
videogame”, declarou , ao deixar o prédio do DHPP, na região central da
capital.
O garoto usava a imagem
de um assassino de videogame no seu perfil do Facebook há um mês. O suspeito
havia trocado sua foto de perfil no dia 5 de julho, passando a utilizar a
imagem de um matador do game "Assassin’s Creed". Esta foi a última
atualização de Marcelo na rede social. Para o advogado, os laudos deverão
reforçar ainda mais a versão de que Marcelo Pesseghini é o autor da chacina na
Brasilândia. “Esse caso é um divisor de águas. Os pais terão de repensar as
suas posições, os policiais terão de repensar as suas posições, e a imprensa
terá de repensar a abordagem de alguns casos”, afirmou.
Segundo Arles Júnior,
os depoimentos prestados revelam que o menino apresentou uma mudança de
comportamento, influenciado pelo jogo de videogame. “Todos os depoimentos
chamam a atenção, cada um em determinado momento, como se fosse um
quebra-cabeças”, disse. Das 31 pessoas ouvidas pela polícia, seis eram amigos
de Marcelo Pesseghini, de acordo com o advogado da OAB.
G1 São Paulo
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