13 de jun. de 2010

Nova imortal da ABL, Cleonice

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Postado por Gilmar da Silva, em 13/06/2010
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A escritora e professora universitária Cleonice Berardinelli, 93, nova imortal que passou a ocupar a cadeira número oito da Academia Brasileira de Letras (ABL), tomou posse estreando o novo fardão feminino, que diferencia o traje oficial das mulheres, até então igual ao masculino. No modelo, desenhado pelo estilista Guilherme Guimarães, o tom verde e os bordados dourados foram mantidos, mas a camisa recebeu modelagem mais comprida e folgada que a masculina. Professora universitária, especialista em literatura portuguesa, Cleonice venceu a eleição realizada em 16 de dezembro do ano passado, com 30 votos, dos 39 no total, tendo o professor e político Ronaldo Costa Couto, ex-ministro de José Sarney, como principal concorrente.

Durante o discurso, Cleonice revelou ao público que conhecera aos nove anos o fundador da cadeira número oito, o poeta Alberto de Oliveira (1857-1937), a quem recitou poemas em um inusitado encontro em São Lourenço (MG), em 1926. Professora emérita da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da PUC do Rio, Cleonice disse que guarda até hoje, 84 anos depois, o livreto onde Oliveira escrevera um verso para ela. À vontade entre os novos confrades acadêmicos, dentre os quais quatro foram seus alunos, ela recebeu o diploma das mãos de Domício Proença Filho e o colar de Antonio Carlos Secchin. Considerada a maior especialista brasileira em Luís de Camões (1524-1580) e Fernando Pessoa (1888-1935), Cleonice graduou-se em letras neolatinas pela Universidade de São Paulo (USP). Nos 113 anos da Academia, Cleonice é apenas a sétima mulher a tornar-se imortal.

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