4 de dez. de 2009

Pela lógica eleitoral

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Postado por Gilmar da Silva, em 04, 12, 2009
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Dos oito projetos encaminhados à Assembleia pelo Palácio Piratini, não há dúvida de que o de maior impacto é o que pede autorização para usar em 2010 o dinheiro do Fundo de Equilíbrio Previdenciário que deveria ser gasto em parcelas mensais ao longo dos próximos cinco anos. É uma bolada de R$ 1 bilhão, que a governadora Yeda Crusius pretende usar no pagamento de despesas previdenciárias e, principalmente, na quitação de precatórios do Instituto de Previdência do Estado.

Confirmou-se o já que antecipei: a governadora resolveu gastar no último ano de mandato a maior parte do dinheiro da venda das ações do Banrisul, em vez de deixar para o sucessor. Mesmo que isso signifique passar por cima do discurso que fez na época sobre a importância dos fundos, do ponto de vista político a decisão é lógica.

Yeda Crusius sabe que não ganhará um voto sequer por deixar o dinheiro da venda das ações do Banrisul em um fundo que ajudaria seu sucessor a pagar as despesas com inativos até 2014. Sabe, também, que, se usar o dinheiro para pagar precatórios a pessoas que esperam há anos por esses recursos, pode melhorar sua imagem e reverter, pelo menos em parte, os elevados índices de rejeição detectados nas pesquisas.

Em parcelas mensais, o dinheiro do fundo não faz muita diferença nas contas do Estado, mas para gastar em um ano só, e exatamente no ano eleitoral, R$ 1 bilhão é muito dinheiro. Se usar parte desses recursos carimbados para pagar pensões e precatórios, Yeda libera para outros investimentos o que estava previsto para esse fim.

Como o que a base aliada mais precisa na campanha é de bons argumentos para explicar o apoio ao govenro, a oposição não conseguirá barrar a aprovação do projeto
(Rosane de Oliveira-ZH).
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